Maior população da região centro-leste de Minas, com cerca de 120 mil habitantes, Itabira não consegue eleger candidatos que a representem nas periódicas eleições, ao contrário da vizinha cidade de João Monlevade, próxima de 85 mil habitantes, que eleição após eleição, elege ou reelege seu representante para uma das casas legislativas.
Itabira teve nessa última eleição 6 pretendentes à Assembleia Legislativa mineira, sendo:
Bernardo Mucida (PSB), João Izael (PMN), Elias Lima (Pros), Carlin Filho (PSDB), Dalton Albuquerque (PSC), Alexandre “Banana” (PT).
Para a Câmara dos Deputados em Brasília, 3 candidatos dispuseram seus nomes: Neidson Dias Freitas (MDB), Weverton Andrade (PSB) e Cibele Machado (PTB).
Não é leviano dizer que o excesso de nomes ofertados tirou as possibilidades dos candidatos Bernardo Mucida (estadual) e Neidson Freitas (federal), o primeiro tentando a reeleição e o segundo, tentando sua primeira eleição.
Bastante conhecidos junto ao eleitorado itabirano, com passagens pela Câmara Municipal, ambos poderiam, se concentrados neles os votos, atingir seus objetivos, mas a vaidade pessoal daqueles que não se enxergam no espelho, mais uma vez nos tiraram a possibilidade de representantes nos respectivos legislativos.
Em nosso município temos alguns eternos candidatos que eu acredito que sofram da “síndrome de Ciro Gomes”, o “coroné” do Ceará, que não se cansa de levar surra nas urnas em seu intento de chegar à Presidência da República; o caso, por exemplo, de um ex-prefeito, que sempre tenta alçar voo mais alto, e outros insistentes nomes que, tudo indica, querem mais é aparecer, já que suas pretensões são remotíssimas.
Outros, embora novatos na política, acreditam serem conhecidos o bastante para alcançar um posto que geralmente requer muitos anos no meio, sob pena de frustração a cada tentativa.
A abstenção de 18,02% dos eleitores itabiranos é também um dos fatores para o péssimo desempenho dos nossos candidatos.
Embora a Constituição brasileira permita que qualquer cidadão possa se candidatar a cargo eletivo, uma boa dose de desconfiômetro não faz mal a ninguém!