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Caneta Azul

Caneta Azul

Foto: Divulgação

Na coluna anterior, que tem por título: “Nova Vida”, eu compartilhei o momento mais incrível da minha vida, o meu encontro com Deus. Como eu gosto de dizer, Deus não conserta a vida de ninguém, Ele dá vida nova, foi exatamente o que Ele fez comigo.

“Ama-me quando eu não mereço, pois é quando eu mais preciso.” Assim Deus me amou! Milagrosamente Ele me resgatou da morte, me tirou do crime e me libertou dos vícios. Mas como tudo na vida, o começo não foi fácil, por mais que eu procurava, não conseguia arranjar emprego, fazia um bico aqui, outro ali… no entanto, não era suficiente. Foi um ano e quatro meses desempregado e eu estava prestes a viver mais uma experiência com Deus que marcaria novamente e para sempre a minha vida.

Em uma terça, pela manhã, enquanto eu estudava a minha Bíblia, tomando nota das lições aprendidas, comecei a notar algumas falhas na escrita, como você pode imaginar, a tinta estava acabando, continuei escrevendo até que acabou totalmente.

Uma tristeza começou a brotar em meu coração, pensamentos malignos me assaltaram naquele momento, parecia a gota d’agua, eu simplesmente não tinha dinheiro nem para comprar uma caneta. Eu podia claramente ouvir vozes me dizendo: “quando você era do crime você tinha dinheiro, agora que é de Jesus não tem nada, não tem nem um real para comprar uma caneta.”

Isso não era justo, pensei, a ingratidão não iria tomar conta do meu coração, com lágrimas correndo pela minha face me coloquei de joelhos e comecei a louvar a Deus, disse a Ele que eu jamais o deixaria, que eu jamais voltaria para aquela vida da qual Ele havia me tirado e que eu o amava para sempre, independente das circunstâncias.

Naquele mesmo dia, a noite, me arrumei e com grande alegria fui à casa do Senhor, à aquela igreja onde fui acolhido com tanto amor. Ali havia encontrado novos e verdadeiros amigos, uma linda família diferente de tudo que eu experimentara até aquele momento. Ao terminar o culto, quando eu estava saindo ouvi uma voz me chamando: “irmão Vagner…” me virei para ver quem era, era o irmão Wilson, um senhor extremamente agradável, um homem muito zeloso na obra de Deus. Eu lhe respondi: “pois não…” ele me pediu para espera-lo, quando ele veio me disse que gostaria que fôssemos embora juntos. Caminhando para casa fomos falando das maravilhas de Deus, a conversa estava muito agradável, até que chegamos na esquina onde deveríamos nos separar, pois nossas casas a partir dali, eram em sentidos opostos.

Ele segurou minha mão para se despedir e não soltou, achei estranho quando ele me olhou nos olhos e começou a chorar muito, ele não parava, fiquei preocupado, sem entender o que estava acontecendo, até que ele colocou a mão no bolso, retirou uma caneta e me entregou dizendo que Deus havia dito a ele para me dar aquela caneta e me dizer que Ele me amava muito e que Ele mesmo era quem estava cuidando de mim.

Era inacreditável, eu estava só no meu quarto quando a tinta da minha caneta havia acabado, eu não tinha falado com ninguém sobre isso, não havia dúvidas, Deus estava, mais uma vez se revelando a mim. Eu chorava copiosamente, cheguei em casa aos prantos, dobrei os meus joelhos diante Dele e tudo que eu dizia era: Pai, eu te amo, eu te amo, eu te amo… muito obrigado Deus…. o Senhor é maravilhoso…

Como está escrito: “Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nele, e o tudo ele fará.” (Sl.37:5) “O Senhor é meu pastor, nada me faltará…” (Sl.23:1). Daquele dia em diante, nunca mais me esqueci de que é Deus quem cuida de mim. Deixa Deus cuidar de você também, acredite, você não vai se arrepender.

Vagner Miranda é pastor da Igreja Halleluyah em Itabira. O conteúdo expresso é de total responsabilidade do colunista e não representa a opinião da DeFato.

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