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Captação de água no rio Tanque possibilitará a construção de novo Distrito Industrial em Itabira

Foto: Guilherme Guerra/DeFato

A construção do novo sistema de captação e da Estação de Tratamento de Água (ETA) do Rio Tanque, iniciada oficialmente nesta quinta-feira (20), aumentará a capacidade de fornecimento de água para a população de Itabira. Além de ser considerada a solução definitiva para a crise hídrica no município, o empreendimento poderá ajudar na implementação de um novo Distrito Industrial, de acordo com o prefeito Marco Antônio Lage (PSB). 

O novo espaço para indústrias deverá ser construído no terreno da antiga Fazenda Palestina, próximo à barragem de Santana. A área é de posse da mineradora Vale, mas já está em fase de tramitação para que possa ser cedida à gestão municipal. 

Segundo Marco Lage, a possibilidade só se tornou real com o início das obras de captação de água no rio Tanque. “A água vai passar por perto, então essa obra do rio Tanque também servirá para a nova indústria que chegará em Itabira”, disse o prefeito.

“Daqui a um ano e meio nós teremos água potável no município, seja para a qualidade de vida da população, para a saúde pública ou também para a diversificação econômica, para o novo distrito industrial que nós vamos estar lançando neste mandato”. 

A captação no rio Tanque aumentará a capacidade de fornecimento de água para 600 litros por segundo (l/s), volume considerado superior ao consumo atual de água da população de Itabira, estimado em 400 l/s. As obras do do projeto custarão aproximadamente R$1,17 bilhão e serão totalmente custeadas pela mineradora Vale, através de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC)  firmado em 2020, envolvendo Vale, Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), o município e o Saae – com acompanhamento da AECOM, empresa de auditoria externa.

As obras terão duração estimada em cerca de três anos e incluem a implantação de uma adutora de 25 quilômetros, três estações elevatórias de bombeamento de água, um tanque de alimentação direcional e uma câmara de transição, além de uma ETA com capacidade para 600 l/s.

“Será um sistema hídrico robusto e moderno, com tecnologia aplicada e automatização de processos para monitoramento em tempo real da vazão e qualidade da água, desempenho dos equipamentos, dentre outros indicadores da operação”, explica Leandro de Almeida, engenheiro de Projetos da Vale.

Mais de 30 fornecedores já foram contratados para a implantação do sistema hídrico do Rio Tanque, incluindo construtoras e empresas de monitoramento e controle ambiental, fabricação de equipamentos e fornecedores de materiais e insumos, sendo parte deles da região. No total, a construção poderá gerar cerca 1.200 empregos no pico das obras, com prioridade de contratação de mão de obra local. Todas as vagas serão disponibilizadas no Sistema Nacional de Emprego (Sine) de Itabira. 

Após a conclusão do empreendimento, a gestão das estruturas e operação do novo sistema hídrico ficará a cargo do Saae de Itabira, órgão responsável pelo abastecimento público de água no município. Até a entrega do sistema de captação e tratamento de água do Rio Tanque, a Vale manterá o fornecimento de 160 l/s de água para abastecimento do Anel Hidráulico e das ETA’s Areão e Rio de Peixe, conforme acordado com os órgãos competentes.

 

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