Na manhã do último domingo (15), por volta das 8h50, a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) foi acionada pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que relatou ter atendido uma criança de apenas três anos, que estava inconsciente e com diversos hematomas pelo corpo — o que poderia indicar maus-tratos. O caso aconteceu na rua Sebastião Ribeiro, no bairro Córrego Novo, em Ipatinga, no Vale do Aço.
A mãe, de 19 anos, informou que o filho havia caído de uma escada de cimento — que dá acesso à sua residência — no sábado (14), por volta das 13h15. Após o suposto incidente, a criança teve escoriações e sangramento nos joelhos e no queixo. A mulher disse, ainda, que limpou os ferimentos e fez um curativo. No momento do acidente, o padrasto, de 25 anos, estaria no trabalho.
A mulher também contou que na manhã de domingo, enquanto a criança estava no banheiro, ela saiu para pegar uma toalha e, ao retornar, encontrou o filho caído no chão, com a boca espumando, o corpo mole e inconsciente. O padrasto então pegou a criança no colo e a levou até a cama. Momento em que acionaram o Samu, os bombeiros e a Polícia Militar.
Contradições
Posteriormente, a mulher, em conversa com os policiais, confessou que na sexta-feira (13) deu “uma chinelada” na criança. Porém, essa agressão não foi mencionada aos socorristas. O padrasto confirmou a versão da mãe e afirmou que não agrediu a criança, pois estava trabalhando em uma construção no bairro, sem indicar o local exato.
Diante das evidências de possíveis lesões e maus-tratos, o casal foi preso e conduzido à delegacia da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) para as providências necessárias. O par de chinelos usado na agressão foi recolhido.
A criança foi encaminhada pelo Samu a um hospital com diversas lesões e marcas de chinelo. Devido a gravidade do quadro, foi entubada e internada em uma UTI pediátrica.
O Conselho Tutelar também foi acionado e um conselheiro está acompanhando a ocorrência, pois o casal tem um filho de sete meses que ficou sob os cuidados de uma testemunha.