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Caso Cuca, do Atlético, mostra como sociedade e jornalismo mudaram

Cuca

Condenado na Suíça, Cuca e jogadores do Grêmio foram retratados como vítimas no Brasil (Foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)

O escândalo de violência protagonizado por Cuca e outros três jogadores do Grêmio, Eduardo Hamester, Henrique Etges e Fernando Castoldi, condenados por abuso sexual da jovem Sandra Pfäffli, de 13 anos, na Suíça, em 1987, ficou nas sombras por décadas e voltou aos holofotes neste ano, quando o treinador foi contratado pelo Atlético.

De acordo com pesquisadores ouvidos pelo Superesportes, dois fatores contribuíram para o resgate desse caso: a luta feminista, em especial das atleticanas, que questionaram o acordo com o treinador e protestaram na internet, e a mudança na imprensa, cuja cobertura passou a dar mais espaço à violência contra grupos minoritários, como crianças e mulheres.

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Entenda o caso

Em 1987, Cuca atuava como jogador do Grêmio, e em uma excursão do clube gaúcho pela Suíça, ele e outros três atletas teriam recebido uma adolescentes de 13 ano no quarto e teriam a estuprado.

Segundo o jornalista Juca Kfouri, com informações baseadas em notícias da época, três dos jogadores agrediram sexualmente a vítima, enquanto outro observava tudo. Não se sabe qual foi o papel desempenhado por Cuca naquele momento, mas ele foi acusado e considerado culpado pelo crime.

O caso gerou barulho, envolveu diplomacias, Cuca voltou ao Brasil no mesmo ano e o crime prescreveu em 2004, sem que o técnico cumprisse a sentença.

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