Após confirmar a ocorrência de raiva em três morcegos somente no começo deste ano, a Prefeitura de Belo Horizonte colocou sob ação de bloqueio do vírus as duas localidades onde os casos foram registrados: as regionais Pampulha e Leste. No ano passado, foram identificados 15 morcegos com testes positivos para a raiva, segundo levantamento do Executivo belo-horizontino. Para evitar a proliferação do vírus, a Secretaria Municipal de Saúde afirmou manter a circulação da zoonose sob vigilância contínua.
“Sempre que é feito o recolhimento de algum animal com suspeita da doença são realizadas ações de prevenção e bloqueio vacinal para evitar novos casos em animais domésticos”, afirmou a Prefeitura.
A Secretaria de Saúde da capital informou que dois dos casos confirmados neste ano foram registrados na regional Pampulha, enquanto o terceiro foi notificado em bairro da zona Leste da capital mineira.
Segundo a gestão municipal, as ações nesses locais contam com a participação dos agentes de combate a endemias (ACE), responsáveis por repassar orientações para a população quanto às medidas de prevenção da raiva dentro da área delimitada para a ação.
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A raiva é uma doença infecciosa viral aguda que pode ser transmitida ao homem pelas secreções de um animal infectado — em geral, cães e gatos que tiveram contato com morcegos. A contaminação ocorre principalmente por meio de mordidas, arranhões e lambidas. Daí a importância de manter os pets com a vacinação em dia. Cabe destacar que, segundo o Ministério da Saúde, a letalidade da doença é de aproximadamente 100%.
Segundo a Prefeitura de BH, há vacinação de cães e gatos contra a raiva durante todo o ano na cidade. As doses são disponibilizadas nos cinco Centros de Esterilização de Cães e Gatos (CECG) e no Centro de Controle de Zoonoses (CCZ). A pasta informa que as doses podem ser aplicadas em animais a partir de três meses de idade, gestantes (prenhas) ou não.
A Prefeitura reforça ainda a orientação para que, em caso de animais com suspeita da doença, principalmente morcegos caídos e com comportamento atípico, a população não deve mexer no animal. A recomendação é acionar o serviço de Zoonoses do município para recolhimento adequado.