Mais uma vez o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, falou abertamente que não há preconceito na entidade sobre a nacionalidade do próximo treinador da seleção brasileira. Desta vez, porém, o dirigente deixou claro que o substituto de Tite terá de conhecer o futebol do País e saber do que ele precisa para seguir vencedor.
Pelas palavras de Ednaldo, em evento na sede da CBF para anúncio da Rappi como 16ª patrocinadora da seleção, não basta o treinador ser top no futebol internacional, com currículo invejável, e assumir a equipe sem ter um mínimo de conhecimento sobre a missão que terá pela frente. Muitos nomes de peso na Europa, por exemplo, sequer sabem quais são as competições ou os principais times brasileiros.
Ednaldo ressaltou que teria de citar mais de dez nomes com capacidade de assumir a seleção brasileira após a Copa do Mundo do Catar, ao ser questionado sobre alguns nomes específicos, como Fernando Diniz, Dorival Júnior e o português Abel Ferreira. Não quis, porém, se alongar no assunto, mostrando foco total no Catar.
“O objetivo agora é focar na seleção, que é muito bem comandada por Tite e sua comissão. Apenas depois da Copa falaremos sobre essa situação”, garantiu o dirigente, que ainda mantém uma pequena esperança pela manutenção do atual comandante em caso de título no fim do ano.
Tite, porém, parece disposto a encerrar seu ciclo e nomes surgem a cada dia. E mais uma vez Ednaldo falou sobre os estrangeiros, deixando as portas abertas paras um inédito comando gringo.
“Sempre tenho dito que sim, a gente não tem nenhum preconceito de nacionalidade. Pode ser um treinador brasileiro, pode ser um treinador estrangeiro… Desde que tenha competência e realmente um envolvimento com aquilo que o futebol brasileiro necessita”, enfatizou.
Abel Ferreira e Jorge Jesus, são nomes ambientados com o futebol nacional. Jorge Sampaoli também já trabalhou bem em solo canarinho, diferentemente dos nomes tops na Europa, como Pep Guardiola, Jürgen Klopp ou mesmo José Mourinho, que não têm afinidade com o País. Quando deixa aberta a janela para os técnicos internacionais, a CBF não parece disposta a fazer uma aposta ousada.