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CDI e sua diferença para a Taxa DI

CDI x Selic: Conceito, Diferenças e Aplicações Práticas

Foto: Arquivo Pessoal

No assunto da semana passada iniciamos o assunto Selic e como ela impacta em nossas vidas. Nessa semana, o tema será a taxa CDI, sua definição e onde normalmente aparecerá na economia.

Segundo a Ino9ve Investimentos (representante da corretora Ágora do grupo Bradesco em Belo Horizonte), o CDI é um título que regula empréstimos de curtíssimo prazo entre os bancos, servindo de referência para o setor privado e, assim como a Selic, é um índice ou indexador que serve de benchmark, ou seja, alvo, para o mercado. Talvez você não saiba, mas praticamente todos os investimentos em Renda Fixa no país possuem seus rendimentos atrelados a esse índice que é a principal referência fora da Bolsa de Valores.

CDI quer dizer Certificado de Depósito Interbancário e, como o próprio nome diz, é um empréstimo que os bancos praticam entre si para fechar seus caixas ao fim de cada dia de forma positiva, afinal, há uma regra do Banco Central que proíbe os bancos de fecharem o dia no negativo. Como todo empréstimo de recursos financeiros, há uma taxa de juros, também conhecida como “Prêmio de Risco”, atrelada à operação entre credor e tomador.

CDI, essencialmente, é um tipo de operação que só pode ser realizada entre bancos, portanto, não é oferecido ao investidor pessoa física diretamente. Para acompanhar esse indexador, todavia, o investidor pode optar por um produto de Renda Fixa referenciado no CDI, que retornará um rendimento atrelado ao mesmo, que pode ser menor, igual ou maior, dependendo do risco atrelado.

Um outro ponto distinto, porém de mesmo nome, e que, por isso, gera muita dúvida e confusão na comunidade e nas pessoas que estão recentemente buscando mais informações a respeito do tema, é a Taxa CDI, ou Taxa DI, como é tradicionalmente conhecida dentro do Mercado Financeiro. A Taxa DI, derivada dos Títulos CDI, é divulgada diariamente, sendo obtida através do cálculo da taxa média de Juros praticada entre os bancos, via certificados interbancários.

Além de servir de referência para o setor privado, a Taxa DI também é uma espécie de “termômetro” da economia. Ao passo que o risco do país se eleva por questões políticas internas ou reflexos negativos oriundos da pandemia, por exemplo, seu valor aumenta e, à medida que a normalidade vai sendo novamente recuperada, seu valor diminui. A representação dessa variação é conhecida como Curva de Juros Futuros, importante sensor diariamente monitorado pelos operadores de mercado e investidores.

Logo, esse é um assunto recorrente e que diariamente é muito divulgado nos meios de comunicação e principalmente na roda de amigos.

*Marcelo Silva Ângelo Ferreira, Doutor e Mestre em Administração de Empresas, Professor na FUNCESI, Pesquisador e Empreendedor no Segmento de Serviços.  Siga no InstagramO conteúdo expresso é de total responsabilidade do colunista e não representa a opinião da DeFato.

** Texto escrito em parceria com a Ino9ve Investimentos

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