Deve começar no domingo (19) o cessar-fogo entre Israel e o Hamas em acordo dividido por etapas, prevendo a libertação gradual de reféns em poder do grupo terrorista e em seguida a retirada das tropas israelenses de Gaza.
Entenda o acordo:
Na primeira etapa, com duração estimada de cerca de 45 dias, o acordo prevê a liberação de 33 reféns, vivos ou mortos, dentre esses, mulheres, crianças, homens acima de 50 anos, feridos e doentes.
Ainda nesta primeira fase, a garantia de segurança no corredor da Filadélfia (uma faixa de território ao longo da fronteira de Gaza com o Egito), de onde Israel vai se retirar de algumas partes após a primeira fase do acordo;
Residentes do norte de gaza, desarmados, poderão retornar desde que nenhuma arma seja transportada por eles;
As tropas de Israel vão se retirar do corredor Netzarim, no centro de Gaza;
A travessia de Rafah, entre o Egito e Gaza, retorna às operações gradualmente, facilitando a passagem de pessoas doentes e casos humanitários para tratamento fora do território;
Ampliação significativa na ajuda humanitária à Faixa de Gaza, onde organizações internacionais, juntamente com a ONU, afirmam existir uma grande crise humanitária.
A segunda etapa está prevista para o décimo sexto dia do início do acordo, com a libertação dos demais reféns vivos, soldados e civis jovens do sexo masculino, além dos corpos dos que morreram.
Por outro lado, Israel vai libertar mais de 1.000 prisioneiros e detidos palestinos, incluindo 30 que cumprem sentenças de prisão perpétua; no entanto, os integrantes do grupo Hamas que participaram do massacre de 7 de outubro de 2023 em território israelense não serão libertados.
A retirada será supervisionada por forças israelenses ao longo da fronteira com Gaza para proteção de cidades e vilarejos fronteiriços.
A terceira etapa também começa no décimo sexto dia do acordo, consistindo nas negociações de reconstrução de Gaza que levaria ao fim da guerra, mas, com indefinição sobre que comandará a região.
A questão do comando de Gaza ficou, por enquanto fora das negociações do acordo em face de sua complexidade.
A comunidade internacional insiste que a administração de Gaza fique com os palestinos.
Sobre o assunto, discussões entre Israel, Emirados Árabes Unidos e Estados Unidos debatem sobre uma administração provisória para governar a região, até que uma Autoridade Palestina reformada possa assumir o controle.
O conflito na Faixa de Gaza teve início quando terroristas do Hamas invadiram o sul de Israel, matando mais de 1.200 pessoas e sequestrando mais de 200. Nesse dia, Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro israelense, declarou guerra ao Hamas, que à época governava a Faixa de Gaza.
* Fonte: G1