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Colégio Nossa Senhora das Dores inaugura amanhã (31), exposição que retrata seus 100 anos de história

Há cem anos, o CNSD consolidou-se em uma escola referência em educação de qualidade em Itabira e região. Foto: Paulo Sá

Desde 1923, o Colégio Nossa Senhora das Dores (CNSD) faz parte da vida dos itabiranos. Várias gerações passaram pela instituição de ensino levando um pouco de sua essência e se tornando parte da trajetória. Para encerrar as comemorações do ano centenário do CNSD, será aberta no Museu de Itabira, amanhã (31), às 19h, a exposição “CNSD: 100 anos”. Saiba mais. 

A exposição reúne um acervo cuidadosamente selecionado para reviver marcantes memórias do centenário do Colégio. A Mostra retrata a obra que nasceu do vigor criativo, aliado à fé e persistência de uma missionária à frente de seu tempo, a fundadora Madre Maria de Jesus e sua prima Madre Maria Miguel. O resultado é a consolidação de em um colégio referência em educação de qualidade em Itabira e região.  

Segundo a diretora do Colégio Nossa Senhora das Dores, Gisele Drumond Lage Assis Coura, a Mostra trata-se de um passeio por uma história centenária de amor, educação e missão. “Sintam-se acolhidos para fazerem essa viagem no tempo conosco”.

História centenária

Madre Maria de Jesus, natural de Lyon, França, mudou-se para o Brasil, devido à perseguição do governo francês  aos educandários religiosos. Em companhia de sua prima, Madre Maria Miguel do Sagrado Coração, com o objetivo de realizar seu grande ideal de educadora. Desembarcaram no Brasil em 21 de agosto de 1913. Logo após, seguiram para a pequena cidade de São Domingos do Prata, a convite do pároco, Padre Sanson, e então iniciaram uma escola.

A fundadora do CNSD, Madre Maria de Jesus. Foto: Acervo

Os anos se passaram, e devido a muitas dificuldades, não tinham as condições de ampliar as dependências do pequeno colégio, que aos poucos ia crescendo. Dez anos mais tarde, a convite de D. Thereza Andrade e com o apoio de pessoas atuantes em Itabira, foi fundado o Colégio Nossa Senhora das Dores, em 15 de fevereiro de 1923, com apenas 7 alunas. 

Maria M. Miguel, que chegou junto a Madre Maria de Jesus ao Brasil. Foto: Acervo

O Colégio funcionou em regime de internato até 1972, atendendo também as cidades vizinhas e vários estados do Brasil, formando muitas gerações. Anexo ao Colégio, funcionava ainda um orfanato destinado a crianças de baixa renda, até 1973. Até 1970, as aulas eram ministradas somente pelas irmãs. No final do ano letivo ocorria uma bela exposição de trabalhos manuais. Na véspera da formatura das Normalistas, era realizada uma sessão teatral, escrita pela fundadora, muito apreciada pelos visitantes.

Em 1972 fechou-se o internato e o Colégio foi aberto para o sexo masculino. Além das irmãs, outros professores foram convidados a lecionar. O CNSD segue evoluindo até os dias atuais, mas sempre preservando sua essência de educar com amor, acolhimento, pautada em valores humano- cristãos. O espírito de Madre Maria de Jesus permanece vivo neste espaço físico e na memória de todas as religiosas, alunos e professores que aqui já passaram ou ainda permanecem.

A exposição CNSD: 100 anos retrata essa história centenária de comprometimento e amor pela educação e que segue transformando vidas.

 

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