Com a descoberta pela norte-americana ExxonMobil de grande reserva de petróleo em águas da Guiana, o país tem experimentado uma onda de otimismo econômico nunca imaginado. As reservas estão estimadas em pelo menos 11 bilhões de barris de petróleo, além de outros minerais e riquezas naturais, podem elevar o pequeno país ao status de uma das mais prósperas nações petrolíferas do mundo.
A Guiana faz divisas com o Brasil, Venezuela e Suriname e tem uma população aproximada de 800 mil habitantes. O país foi colônia holandesa e posteriormente britânica, podendo tornar-se em breve uma das nações mais ricas em termos de PIB per capita, graças ao “ouro negro”. O PIB de 20023 está estimado em cerca de 37% e 45% em 2024, com uma previsão de expansão econômica sem precedentes, mudando completamente a face do país, anteriormente um dos mais pobres da América do Sul.
O contrato da Guiana com a ExxonMobil, dividindo lucros em 50/50 e pagando apenas 2% de royalties ao país, foi considerado desfavorável, as, as lições desse acordo estão orientando negociações futuras mais vantajosas em contratos posteriores.
A Guiana está sendo orientada a criar um fundo soberano, a exemplo do Kuwait e Noruega, para evitar a “maldição do petróleo”, que afeta muitos países ricos com corrupção e má gestão, o que pode ajudar na gestão adequada dos recursos petrolíferos, garantindo benefícios sustentáveis para sua população.
A descoberta do “ouro negro” trouxe desafios geopolíticos, em especial com a Venezuela, que reivindica a região de Essequibo, rica em petróleo, e seu futuro depende de como a nação navegará nesse cenário complexo e as ações de sua classe política.