Com soluções ao caótico trânsito de Itabira, Plano de Mobilidade é aprovado na Câmara
O projeto define uma série de melhorias para adaptar a cidade ao seu crescimento populacional
Os vereadores de Itabira aprovaram hoje, 8 de maio, em primeiro turno, o Plano de Mobilidade Urbana (PlanMob) do município. O projeto estava travado na Casa há quase um ano e passou por unanimidade no plenário. O PlanMob começou a ser feito em 2015, ainda durante o governo de Damon Lázaro de Sena (PV). Ele trata da implantação e melhoria de ciclovias, calçadas, sinalização, pontos de embarque e desembarque de ônibus, travessias de pedestre e outras infraestruturas, de forma a melhorar o ir e vir dos usuários do trânsito.
O plano tem soluções para desafogar o trânsito da cidade até 2035, pelo menos. Por exemplo, prevê a construção da avenida do Espigão, que ligará a rua Tabelião Hildebrando Martins da Costa, no bairro Água Fresca, à rodovia estadual MG-120, que dá acesso à cidade de Nova Era. Também desenha a construção de uma via expressa na cidade, no lugar da malha ferroviária que corta o município. Essa via interligaria bairros como Praia, Campestre, São Bento e Conceição.
O projeto chegou à Câmara em maio do ano passado, após uma agenda de audiências públicas, propostas, diagnósticos e outros levantamentos. O material foi elaborado pela empresa Tectran, contratada pelo município.
Na reunião de hoje, vereadores fizeram ampla defesa do plano. André Viana (Pode) disse que o instrumento é crucial “em uma cidade com mais de 51 mil veículos”. Viana falou também do custo do material que, segundo cita, recebeu mais de R$ 700 mil de investimentos e “não pode continuar engavetado”.
Solimar, do Solidariedade, alertou que “Itabira tem hoje, em termos proporcionais, mais veículos por habitantes que a cidade de São Paulo”. “São dois habitantes por veículo na cidade. Em São Paulo, se não estiver equivocado, esse índice é 2,2”, ressaltou. Itabira tem 119 mil habitantes, conforme o IBGE.
“Vetão”, do PSB, fez provocações sobre a matéria. “Não adianta aprovar uma lei bonita e não executá-la”. Presidente da Câmara, o governista Neidson Freitas (PP) ponderou que cabe ao Legislativo fiscalizar e “fazer valer todo o investimento feito no PlanMob”.
O projeto também tem relevância ao orçamento municipal. A Política Nacional de Mobilidade Urbana (Lei 12.587/12) determinou que o repasse de recursos federais para a mobilidade só ocorrerá quando o município tiver elaborado seu Plano de Mobilidade.