Comerciantes de Itabira fizeram carreata nesta segunda-feira (5) em protesto que pediu a reabertura de estabelecimentos e lojas. Estima-se que cerca de cem veículos participaram do ato. Com o agravamento da pandemia de Covid-19, atividades não essenciais estão com as portas fechadas desde 8 de março, quando a prefeitura fez a adesão voluntária à onda roxa, a fase mais restritiva do plano Minas Consciente.
A concentração ocorreu próximo do Parque de Exposições Virgílio José Gazire, por volta das 13 horas. A carreata saiu em direção ao Centro, percorrendo os bairros Gabiroba, Água Fresca, Caminho Novo e Esplanada da Estação. Às 14 horas, o “buzinaço” passou pela Prefeitura de Itabira.
A carreata foi mobilizada nas redes sociais. A pauta de reivindicações do protesto, divulgada pelo WhatsApp, não é assinada por um líder ou entidade, e cita que o empresariado foi pego de surpresa à época da determinação de fechamento das atividades, há quase um mês.
“(…) desde o início da pandemia mais de 800 pessoas perderam seu emprego, formal e informalmente, segundo informações dos empresários. Este mês muitos dos funcionários ficaram sem salário, e, se não for nos dado o direito de trabalhar, mais de 1.000 trabalhadores poderá perder seu ganha pão no próximo mês”, narra a convocação pelo protesto.
A Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Itabira, que tem se manifestado contrária às restrições impostas pela prefeitura, informou que não organizou a carreata. O presidente Maurício Martins disse, no entanto, que o sentimento de preocupação dos comerciantes é compartilhado pela entidade, que agendou reunião com filiados para as 16h30 desta segunda-feira. O intuito é costurar um protocolo de abertura consciente das lojas e repassá-lo ao governo municipal.
Questionada sobre as reivindicações apresentadas, a Prefeitura de Itabira manifestou que “respeita o direito à manifestação”.