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Como os pensamentos e sentimentos influenciam a saúde do coração

Foto: Júlia Souza/DeFato

É conhecido o fato de que indivíduos estressados, competitivos, com personalidade mais agressiva, hostis, além daqueles com sentimento de “raiva”, são mais propensos a cardiopatias e alguns distúrbios do ritmo cardíaco e suas complicações.

Esses estressores da vida estão ligados à hiperativação dos eixos simpático-adrenais. Nessa condição, o coração é submetido à ação adrenérgica intensa, provocando aumentos intermitentes da frequência cardíaca e da pressão arterial, sobrecarregando o sistema cardiovascular, predispondo esses indivíduos a taquiarritmias com repercussão clínica variável e até mesmo morte súbita.

Indivíduos que nutrem o sentimento de raiva têm maior risco de desenvolver doença nas artérias do coração em relação àqueles sem esse perfil. Fatores associados à personalidade, tais como raiva e hostilidade, podem deflagrar um tipo de arritmia cardíaca, denominada fibrilação atrial, que pode ser diagnosticada precocemente nos mais jovens.

Por fim, parece claro que a reatividade cardiovascular ao estresse psicológico, se prolongada ou exagerada, pode desencadear a doença cardiovascular, como acontece nos casos de doença arterial coronária. Diante disso, fica nítido que o combate ao stress, ao sedentarismo, uma alimentação saudável rica em frutas, legumes e vegetais, cereais e grãos, bem como a redução da ingestão de alimentos processados e industrializados, são práticas que reduzem consideravelmente o risco de doença cardiovascular, arritmia e morte.

Dr. Felipe Sérgio Rodrigues Vítor é cardiologista. CRM/MG 51.196 / RQE 33215

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