Vamos começar este artigo constatando um fato: cabelo cai e isso é normal! A queda faz parte do ciclo de vida natural dos fios e diariamente perdemos uma média de 150 fios. Devemos nos atentar quando há um aumento na quantidade da queda habitual, que pode ser percebido na escova, no ralo do banheiro, na fronha ou no chão de casa, por exemplo. Neste caso pode se tratar de um eflúvio telógeno (ET), uma doença que se caracteriza pelo aumento da queda diária de fios de cabelo. Agora a pergunta que não quer calar: o eflúvio telógeno leva à calvície? A resposta é não, apesar da queda acentuada não há risco de rarefação.
O eflúvio telógeno se divide em agudo e crônico. O primeiro em geral cessa sozinho e tem duração de dois a quatro meses. Alguns eventos pontuais, como estresse, pósparto, emagrecimento, quadros infecciosos, por exemplo, podem fazer o cabelo cair mais do que o normal, pois desequilibram o organismo. Já uma queda acentuada durante mais de quatro meses pode indicar eflúvio telógeno crônico. Neste caso é preciso investigar outras causas e doenças associadas, por exemplo, doenças autoimunes, doenças de tireoide, carências nutricionais ou desnutrição.
No que diz respeito ao tratamento, o primeiro passo é uma consulta para avaliação do paciente e sua história. Após o diagnóstico temos duas abordagens terapêuticas para o eflúvio telógeno crônico: tratar o problema de saúde que está causando a queda (o que pode envolver outras especialidades) e, em alguns casos, a utilização de suplementos e procedimentos para fortalecer e estimular o crescimento dos fios. Já para o eflúvio telógeno agudo, por ser autolimitado, as vezes nem sempre é necessário tratamento, porém reforço a importância da consulta médica para diagnóstico e condutas adequadas.
Cinthya Batista é médica e atende na Clínica CEAD, no hospital HNSD e na clínica AME. O conteúdo expresso é de total responsabilidade do colunista e não representa a opinião da DeFato.
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