O Atlético-MG confirmou o favoritismo e conquistou o tetracampeonato mineiro consecutivo no último domingo (9). Embora, mais uma vez, não tenha tido uma atuação de encher os olhos, o Galo fez o suficiente para levantar a taça cujo principal protagonista tem nome: Hulk, mais uma vez decisivo.
Porém, o título estadual pode ter um impacto quase nulo para o restante da temporada. A começar pelos episódios ocorridos logo depois do apito final, com a notícia de que Eduardo Coudet realmente não deve ficar.
A desastrosa coletiva do técnico argentino após a derrota para o Libertad criou um ambiente muito tenso no clube. A tarde do domingo foi uma espécie de trégua entre técnico, jogadores, diretoria e torcedores, empenhados em conquistar o 48ª título mineiro da história do Atlético.
Porém, daqui a oito dias já tem um jogo decisivo: Athletico e Atlético-MG, pela segunda rodada da Libertadores. Uma derrota seria trágica e complicaria demais as chances de classificação às oitavas da competição. Mas acima de tudo: faria o torcedor esquecer completamente o recente título estadual.
Neste meio tempo, ainda há a estreia no Campeonato Brasileiro contra o Vasco, no Mineirão. Sabe-se lá com que treinador, mesmo que o nome mais cotado hoje seja o de Dorival Jr.
Por uma sequência de erros, o Atlético se colocou em situação muito delicada. Merece elogios por confirmar a hegemonia técnica e histórica no futebol do estado, mas vai precisar de resultados mais expressivos para tranquilizar o torcedor. Ou a alegria pelo tetracampeonato mineiro será tão breve quanto indica ser a passagem de Coudet.
Victor Eduardo é jornalista e escreve sobre esportes em DeFato Online.
O conteúdo expresso é de total responsabilidade do colunista e não representa a opinião da DeFato.