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Conselho de Administração da estatal Petrobras sugere aumento de 43.8% para eles próprios.

Crise no comando da Petrobras tem dia D nesta segunda-feira

Foto: Flávio Emanuel/Agência Petrobras

Se depender do Conselho de Administração da Petrobras, o salário deles será reajustado em 43.8% já no final de abril, o que será definido pelo Assembleia de Acionistas da estatal. Essa proposta recebeu críticas da Federação Única dos Petroleiros (FUP), que entende como abusivo, contrastando enormemente com o salário mínimo vigente no país e do salário de outras empresas públicas e até mesmo de economia mista. O salário do presidente da Petrobras, Jean Paul Prates é hoje em torno de R$ 115mil e com o reajuste, chegaria ao valor de R$ 165 mil, caso haja aprovação da Assembleia.

Lembrando que, o salário do presidente da República é, oficialmente, de R$30.9 mil mensais. Com os descontos obrigatórios, cai para R$23.5 mil. A FUP destaca também o tratamento diferenciado dispensado aos funcionários comuns e os executivos da empresa, que tiveram, desde 2013, um acréscimo, enquanto os petroleiros não recebem ganho real de salário desde 2016.

Dados da federação mostram que, com base em atas de assembleias dos acionistas, desde 2013 a 2022, o salário de um executivo da Petrobras subiu 72%. O total gasto com diretores, incluindo salários, benefícios e remuneração variável, entre outros, subiu 182% nesse período. A Assembleia-geral dos acionistas se reúne no dia 27 de abril para essa deliberação, ratificando ou não a proposta do Conselho de Administração da estatal petrolífera.

 

 

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