Construída no final do século XIX pela bisavó de Carlos Drummond, a casa que leva o nome do poeta itabirano passará por uma reforma logo após o período de carnaval. Em entrevista à DeFato Online, o secretário de Obras, Ronaldo Lott, informou que a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano (SMDU), que cuida do patrimônio histórico da cidade, já deu autorização para as obras.
A licitação deverá ser liberada ainda neste mês de janeiro. Os trabalhos contemplarão basicamente a varanda da residência, duas salas onde ficam quadros da artista plástica Yara Tupinambá. Alguns pilares que ficam sob o piso serão substituídos por concreto. Será feita uma pintura geral. Apesar dos séculos de existência, “o prédio em si está bem conservado”, resumiu o chefe da pasta.
Conforme declarou Lott, o valor estimado da manutenção não chega a R$ 100 mil. Por se tratar de um valor não tão acentuado, o processo licitatório é de uma semana, iniciando as obras tão logo comece a semana pós-Carnaval. A entrega deve ocorrer até o mês de abril.
O casarão
Dos dois aos 13 anos, Drummond morou no casarão. A residência foi construída pela matriarca, com a ajuda dos escravos na época. Ela tem as cores azul e branco, que era um padrão lusitano da época. O azul se chama 1911. No final do poema chamado Casa, o itabirano fala que “Há de ser por fora azul 1911. Do contrário não é casa”. Na época de Drummond, a casa continha 32 cômodos. Hoje, o local abriga o museu. Ela foi entregue à comunidade de Itabira em 2004 e é tombada pelo patrimônio histórico. O imóvel é uma parada importante dos “Caminhos Drummondianos”.