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Convenção partidária: a primeira peneira naqueles que só gostam de aparecer

Um momento decisivo para as eleições deste ano se aproxima. No período de hoje (20) a 5 de agosto, acontecem as convenções partidárias. Como o próprio nome sugere, é a oportunidade em que os partidos políticos decidam, em comum acordo entre os seus filiados, quem será o candidato que terá seu nome e foto registrados na urna. Óbvio, que é muito mais do que isso. Serão escolhidos os nomes que concorrerão às vagas disponíveis no pleito deste ano, quando os eleitores escolherão os deputados estaduais, federais, senadores, governadores e o presidente da república.

Dito isso, chamo a atenção para o momento. O eleitor que acompanha os bastidores e que faz um esforço para entender as estratégias que estão por trás de todas as movimentações políticas, poderá observar algumas coisas.

Por se tratar de um momento decisivo, quando os partidos batem o martelo e escolhem aquele que realmente tem condições de disputa, é quando acontece a primeira peneira eleitoral. E isso, caríssimos, é fácil, fácil de perceber, principalmente em cidades menores, onde há menos eleitores.

Sabe aquele político empolgado, aquele que gosta de aparecer, de se pôr em evidência? Sabe aquele que lança a sua pré-candidatura à algum cargo, só para ver como está a sua aceitação ou, pior, aquele que lança seu nome somente para valorizar seu passe diante do grupo no qual está inserido? Ou então, aquele que quer, de certa forma, provocar seu adversário, como quem manda um recado: “olha eu aqui, pronto para ser uma pedra em seu sapato! ” Quem acompanha a política itabirana bem sabe o que digo.

Pois é… são esses aventureiros, aparecidos, os primeiros a abrir mão daquela “tão importante” candidatura, quando se aproximam as convenções partidárias. É normal, não tem nada de proibido. Mas não posso deixar de refutar essa prática e, muito menos, de alertar àqueles que aqui me acompanham.

A política é um jogo de xadrez. Falei disso aqui há pouco tempo. Sem peças, não há jogo. As estratégias são inúmeras, só não vê quem não quer. Os burburinhos estão inflamados em nossa terra. Lógico que as especulações para os que serão candidatos a deputado federal e os que serão a estadual são mais presentes dentro das cidades, devido a aproximação do eleitor com a figura pública.

A candidatura de mais de um político aos dois cargos é uma prática antiga em Itabira. Tanto que a falta de representantes na Câmara dos Deputados e na Assembleia Legislativa é uma trágica marca na história política da cidade, fruto desta atitude. Mas, isso, está todo mundo cansado de saber e é repetido quase que como um mantra, principalmente por aqueles que disputam uma das vagas.

Após o dia 5 do mês que vem, passada a primeira peneira, veremos quantos vão e quantos ficam. Espero que os eleitores itabiranos tenham a capacidade de perceber como é o jogo. E lógico, como cada jogador se posiciona em campo. Do banco de reserva ninguém marca gol, assim como não marca quem entra em campo somente para dizer que vestiu a camisa do time. Como se diz: “muito ajuda quem não atrapalha”.

* Gustavo Milânio é advogado.

** O conteúdo expresso neste espaço é de total responsabilidade do colunista e não representa necessariamente a opinião da DeFato.

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