Com apenas seis anos de idade, o menino Miguel Ryan Mendes Alves foi morto decapitado pela própria mãe, Rosália Gonçalves Mendes, de 26 anos, na madrugada de sexta-feira (20), em João Pessoa, na Paraíba.
Moradores do prédio onde moravam relataram à polícia que Miguel gritava pedindo socorro e dizendo que estava com medo.
Os gritos de pavor da criança acordaram os vizinhos, que afirmaram ter ouvido ele dizendo: “Socorro, vou morrer”, estou com medo, mamãe”, “socorro, me ajude” e “mamãe, eu te amo”.
Esses relatos constam no interrogatório de dois vizinhos ouvidos pela polícia como testemunhas da cruel ocorrência.
Um dos vizinhos gravou os gritos da criança e acionou a polícia, entregando o áudio para investigação, acreditando que o menino tivesse sido abandonado em casa.
A morte de Miguel aconteceu por volta das 3h da madrugada e, horas antes, na noite de quinta-feira (19), ele dava gritos que chamaram a atenção dos vizinhos, o que fez com que um deles batesse à porta de Maria Rosália para saber o que estava ocorrendo. Conforme relato, Rosália abriu a porta assustada e com a criança ao lado.
O menino tinha semblante de choro, sem roupas e com lesões pelo corpo. A mãe justificou dizendo que o filho estava no banheiro antes, e que ele era autista e “muito escandaloso”.
Rosália se desculpou com o vizinho pelo incômodo e disse que iria acalmar o filho.
No entanto, os gritos voltaram a acontecer na madrugada , quando Miguel foi decapitado pela mãe, que utilizou duas facas para o bárbaro crime.
O prédio onde ocorreu o crime se localiza no bairro Mangabeira, zona sul da capital e os vizinhos relatara também ter ouvido barulhos, possivelmente de batida de portas.
Acionada, os militares chegaram ao prédio por volta da 4h da manhã, encontrando a porta do apartamento de Rosália aberta e, do lado de fora, conseguiram ouvir os mesmos barulhos de batidas vindos de dentro da residência.
Ao entrarem no imóvel, os militares puderam perceber manchas de sangue no chão e o corpo do menino estirado na cozinha. Ao ordenarem à mãe que parasse o que ela estava fazendo, visivelmente transtornada partiu para cima dos policiais portando duas facas.
Na tentativa de conter a mulher, foram disparados dois tiros contra ela que, ferida e mesmo algemada, tentou se matar com uma tesoura, sendo impedida.
Rosália foi encaminhada ao Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena. Miguel foi sepultado no sábado (21), em um cemitério da cidade de Pedras de Fogo, na região metropolitana de João Pessoa.
Informações conseguidas junto a familiares pela reportagem do Metrópoles, dão conta de que Maria Rosália já tinha sido internada para tratamento psiquiátrico no Hospital Juliano Moreira, e que já havia ameaçado a própria família.
A assassina encontra-se hospitalizada em estado grave.