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Crime em BH: vazamento de gás teria sido provocado por mulher que matou a mãe e a própria filha

avó e neta foram encontradas mortas na região de Venda Nova, em Belo Horizonte

(Foto: Corpo de Bombeiros)

Inicialmente tido como um vazamento de gás em um apartamento no bairro Piratininga, em Belo Horizonte, nessa quarta-feira (15), a ocorrência revelaria que Amanda Christina Souza Pinto, de 34 anos, matou a mãe, Maria do Rosário de Fátima Pinto, de 67 anos, e a filha dela, uma criança de 10 anos. Quando o Corpo de Bombeiros chegou ao local, encontrou duas vítimas em óbito e Amanda estava inconsciente.

Em depoimento para a Polícia Militar (PM), a mulher afirmou que matou a mãe e a filha enforcadas, nessa segunda (13) e terça-feira (14), respectivamente. Amanda Pinto foi encontrada desacordada, com a cabeça dentro do forno de um fogão a gás.

Ainda segundo a PM, depois de cometer os crimes, Amanda tentou se matar inalando gás, mas foi resgatada com vida pelo Corpo de Bombeiros. A mulher também teria afirmado não ter tido motivação para os crimes.

Em depoimento, ela contou que, por volta das 11h da segunda-feira (13), estava no quarto conversando com a mãe quando começaram a “brincar”. A mulher teria então passado o braço em volta do pescoço da idosa e, segundo ela, naquele momento sentiu “uma sensação ruim” e “vontade de apertar”, e começou a estrangular a idosa, que é a própria mãe.

De acordo com Amanda, a idosa tentou pedir ajuda, inclusive chamando pelo cachorro, mas Amanda não soltou a mãe até ter certeza de que ela tinha parado de respirar.

Persuadiu a própria filha

Ainda no depoimento, Amanda contou aos policiais que a menina de 10 anos, que dormia em outro quarto, acordou e bateu na porta, perguntando o que estava acontecendo. Ela disse para a garota não abrir a porta, porque estava “resolvendo um problema” com a avó da menina. Em seguida, Amanda cobriu o corpo da mãe com um lençol e mandou a filha tomar café.

Segundo o Boletim de Ocorrência, ao encontrar a filha, a mulher disse para a criança que a avó tinha passado mal e morrido. Amanda disse então que, como era Maria do Rosário que sustentava a casa e cuidava das duas, ela também teria que morrer. Ainda segundo a mulher, a menina poderia escolher entre morrer junto ou ir para um abrigo.

A filha chegou a sugerir para a mãe que chamasse o Samu, a polícia ou alguém de confiança para que ajudasse elas, porém chegaram tomaram a decisão de se matar. A menina teria dito que “iria com a mãe até o fim”. Amanda afirmou que não teve coragem de matar a garota no mesmo dia e que ambas tomaram remédio para dormir, ficando no apartamento com a avó morta em um dos quartos.

Na terça-feira (14), ela decidiu matar a filha, que novamente pediu para ligar para alguém, mas a mãe teria dito para a garota que “a decisão já estava tomada”. Ela então tentou cortar os pulsos da menina, mas os ferimentos foram superficiais. Ela decidiu, então, matar a filha da mesma forma como tinha feito com a avó da criança.

Amanda passou, então, a enforcar a garota por duas vezes, mas, segundo ela, a criança se debateu muito e resistiu. Por isso, a mulher amarrou a filha, usando uma calça, e passou a apertar seu pescoço até que ela parasse de respirar.

Tentativa de suicídio

Depois de matar a criança, a mulher deitou ao lado da garota e por duas vezes tentou se matar ingerindo remédios. Como isso não funcionou, no dia seguinte, Amanda vedou as frestas das portas de sua casa, colocou a cabeça dentro do forno de um fogão e ligou o gás.

Mesmo com a tentativa de barrar o cheiro do gás, o síndico do prédio percebeu o odor e estranhou o latido constante do cachorro do apartamento. O Corpo de Bombeiros foi acionado e encontrou Amanda desmaiada, mas com vida, e ela encaminhada ao Hospital João XXIII.

Prisão decretada

Nesta quinta (16), a Polícia Civil de Minas Gerais efetivou a prisão em flagrante por homicídio qualificado da mulher. “Diante dos indícios suficientes de autoria e materialidade do crime, além das oitivas de policiais que estavam no local, a prisão foi ratificada. A PCMG aguarda a conclusão dos laudos periciais para atestar circunstâncias e causa das mortes. Investigações prosseguem”, declarou a corporação.

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