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Crítico dos contratos das obras da Unifei, Vetão não prestou contas da reforma milionária feita por ele na Câmara

Vetão

Weverton Vetão - Foto: Gustavo Linhares/DeFato

Na reunião ordinária realizada, excepcionalmente, nesta quinta-feira (23), o vereador Weverton Leandro Santos Andrade “Vetão” (PSB) fez críticas aos contratos firmados com algumas empreiteiras para a construção dos três novos prédios da Unifei. O principal questionamento se refere aos possíveis “reequilíbrios financeiros” pedidos pelas empresas envolvidas nas obras. Em contrapartida, o próprio Vetão não prestou contas da reforma na Câmara de Itabira realizada no ano passado, quando ele ainda era presidente da Casa. A intervenção ganhou, inclusive, um aditivo de R$ 545 mil, que fez seu orçamento inicial saltar para mais de R$ 2 milhões. Em um caso que corre sob sigilo, o Ministério Público abriu um inquérito para investigar as obras na sede do Legislativo, entregues com um atraso de dois meses.

Segundo Vetão, a Câmara de Itabira precisa entender do que se tratam essas movimentações. “É importante a Câmara realmente adentrar sobre o assunto, mas compreender o que é esse reequilíbrio financeiro que as empresas estão solicitando, se esses reequilíbrios financeiros estão dentro da normalidade e o que pode ser feito”, disse.

Ainda em seu discurso, o legislador ressaltou que as mudanças devem obedecer aos princípios de “legalidade e normalidade”.

“Até porque se tiver qualquer pressão de empresa por reequilíbrio financeiro dentro da não normalidade, nós temos que trazer à tona também. (…) Tem que se fazer dentro da legalidade e da normalidade, dinheiro público não pode simplesmente ir porque um empresário está pedindo. Tem que saber se está dentro da normalidade”, completou.

Contradição

Apesar do pedido de transparência, o próprio Vetão, durante sua gestão como presidente da Câmara de Itabira no último biênio, deixou de prestar contas relacionadas à reforma da Casa do Legislativo, que chegou a ser alvo de questionamentos.

Uma denúncia anônima apontou supostas irregularidades nas obras de revitalização do prédio, apontando, inclusive, um aditivo de mais de R$ 545 mil – entre acréscimos e decréscimos – ao contrato de serviço. Dessa forma, o preço da reforma, previsto inicialmente em R$ 1.640.000, saltou para R$ 2.185.516,29.

O documento, ao qual o portal DeFato teve acesso, também afirmava haver possíveis sobrepreços na planilha financeira. Além disso, houve um atraso de dois meses na entrega do prédio revitalizado.

Diante das suspeitas, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) abriu uma investigação sobre o caso, que permanece sob sigilo. À época, Vetão negou qualquer irregularidade nas obras e afirmou que a denúncia é caluniosa.

“Denúncia anônima em pleno período eleitoral, jogada antiga e politicagem suja. Espero em breve buscar os responsáveis e processá-los por denunciação caluniosa”, afirmou, na oportunidade, o vereador.

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