A quinta-feira (12) poderia ter sido muito mais positiva para os times brasileiros na Copa Sul-Americana. Isso porque, depois de abrir 3 a 0 no placar com 20 minutos de jogo, o Cruzeiro vacilou e acabou empatando com o Alianza Petrolera, da Colômbia, por 3 a 3, mesmo jogando no estádio do Mineirão, em Belo Horizonte.
Lucas Romero, Zé Ivaldo e Matheus Pereira marcaram para o time mineiro, enquanto Batalla, duas vezes, e Figueroa, no último minuto do segundo tempo, marcaram os gols colombianos. Com o resultado, o Cruzeiro segue sem vencer no Grupo B, com dois pontos somados em dois jogos. O rival, por sua vez, acumulou o primeiro ponto.
O duelo marcou a estreia do técnico Fernando Seabra que chegou para substituir Nicolás Larcamón no Cruzeiro. Do outro lado, o Alianza Petrolera também trocou de técnico nesta semana — saiu César Torres, chegou Hubert Bhodert — e parece que mudança surtiu efeito.
Assista aos melhores momentos da partida:
Rafael Cabral é alvo de críticas
Após falhas recentes contra o Atlético-MG, na decisão do Campeonato Mineiro, o goleiro Rafael Cabral voltou a comprometer a meta cruzeirense. O arqueiro cometeu um erro técnico importante, aos 33 minutos do segundo tempo, no gol marcado por Batalla — e contribuiu para o resultado ruim obtido pela equipe mineira, que vê a sua situação complicar na Copa Sul-Americana.
A falha não foi perdoada pelo torcedor cruzeirense, que elegeu Rafael Cabral como um dos vilões da partida. “Hoje, realmente, deixei a desejar, prejudiquei a equipe. A responsabilidade é 100% minha, aceito toda crítica, porque são merecidas”, ponderou o goleiro.
“A reponsabilidade foi minha, não posso nunca tomar um segundo gol como tomei, foi uma falha técnica. Assumo a responsabilidade, repito, peço perdão aos meus jogadores e ao torcedor. A palavra não vai mudar nada, o que tenho que fazer é trabalhar”, analisou.
Durante a partida contra o Alianza Petrolera, Rafael Cabral foi um dos principais alvos da torcida celeste. Toda vez que ele encostava na bola, sonoras vaias partiam das arquibancadas. Em alguns momentos, o nome de Anderson, goleiro reserva do Cruzeiro, era gritado. Também foram proferidos diversos xingamentos.
“Sinceramente, ninguém quer ser vaiado pela própria torcida, mas, ao mesmo tempo, tenho a autocrítica de reconhecer que não posso nunca tomar um gol que tomei hoje. Prejudiquei a equipe. A equipe vinha bem, construiu um resultado, tinha tudo para fazer uma vitória mais larga. Realmente, o segundo gol acabou prejudicando mentalmente toda a equipe e gerando no estádio um ambiente ainda pior”, avaliou Rafael Cabral.
O Cruzeiro volta a campo no próximo domingo (14), às 17h (de Brasília), contra o Botafogo, na estreia pelo Campeonato Brasileiro 2024.