Como relatado por uma matéria publicada na DeFato nesta manhã (2), o Cruzeiro completa 103 anos vivendo a expectativa de dias melhores pela frente. Após se enfiar em um buraco, lidando com o até então inédito rebaixamento à Série B, o clube conseguiu algo que há pouco tempo parecia improvável: dois anos seguidos na Série A.
E se a última temporada ainda teve contornos de drama para o cruzeirense – que conviveu com o risco de um novo rebaixamento até o penúltimo jogo do Brasileirão -, o início de 2024 indica um ano de maiores investimentos e protagonismo.
O nível dos reforços confirmados e especulados é visivelmente superior ao que o torcedor se acostumou desde 2019. Confirmando a chegada de nomes como Fernando, Romero e Dinenno, o Cruzeiro sinaliza aos seus rivais que não entrará na Série A apenas se preocupando em sobreviver.
Porém, as expectativas não podem se transformar em ilusão. Hoje o futebol brasileiro possui uma clara pirâmide técnica e financeira, que pouco tem se alterado recentemente. Clubes como Flamengo, Palmeiras e Atlético alternam o protagonismo entre si e se mantém como os principais vencedores dos últimos anos.
Outras camisas, como Athletico e Fortaleza, surgem logo abaixo buscando entrar e se estabelecer nesse grupo dominado pelo trio. Mesmo adotando postura mais ousada no mercado, o Cruzeiro segue abaixo de todos esses times, que hoje colhem os frutos de trabalhos realizados a longo prazo. Ronaldo, por outro lado, vai apenas para seu segundo ano de gestão à frente da Raposa.
Diante deste cenário, acho plausível o cruzeirense sonhar com uma campanha mais sólida no Brasileirão e um grande desempenho na Sul-Americana. Duas notícias que já seriam ótimas para um clube que ainda tem um longo caminho pela frente para se recuperar totalmente.
Victor Eduardo é jornalista e escreve sobre esportes em DeFato Online.
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