Em realidades totalmente distintas atualmente, Cruzeiro e Atlético podem se dar por satisfeitos nesta quarta-feira (29). Na noite de ontem (28), ambos conseguiram bons resultados pela Série B e a Libertadores, mas sofreram alguns alertas.
Às 19h15, o Galo entrou em campo para enfrentar o Emelec. Jogos fora de casa na Libertadores geralmente são duros, e os equatorianos costumam exercer bem seu mando. Por isso, o empate de ontem, por 1 a 1, não pode ser desprezado.
Porém, poderia ter sido melhor. O Atlético saiu de um primeiro tempo dominante para um segundo tempo errante. Nathan Silva cometeu um pênalti totalmente evitável, quando o Emelec já havia crescido no jogo. Allan foi ainda mais infantil. Duas imaturidades que custaram a vitória.
Mas ainda houve tempo para o pênalti perdido por Hulk. É preciso refletir sobre como o jogador que bate pênaltis tão bem no Brasileirão, bate tão mal na Libertadores. Mas estes lances isolados estão inseridos em uma fraca atuação geral do time nos 45 minutos finais. Um Atlético novamente falho na marcação, com pouca combatividade e sem transição. Continua favorito para conquistar a vaga, mas precisará se atentar a isso na segunda partida.
Já o Cruzeiro se deu melhor. Vitória por 2 a 1, contra o Sport, em jogo direto na briga pelo acesso. No entanto, a Raposa não teve a costumeira segurança defensiva e ficou próxima de sofrer o empate em vários momentos.
Além disso, Zé Ivaldo voltou a cometer falhas individuais que geraram contra-ataques do clube pernambucano. Contra o Vasco, uma tentativa de drible do zagueiro no meio campo resultou no gol da vitória carioca, marcado por Getúlio.
Zé Ivaldo se encaixou muito bem na equipe de Pezzolano e tem todos os atributos de um defensor moderno. É rápido, tem boa saída de bola e força física, mas precisa melhorar sua tomada de decisão. No gol de Kayke, por exemplo, o atleta, emprestado pelo Athletico-PR, poderia ter evitado o bote e apenas perseguido o atacante do Sport, o orientando para uma zona mais afastada da área.
Feitas as ressalvas, não estamos falando de cenários desesperadores. Ajustes até o Manchester City de Pep Guardiola precisa. Só é necessário que os bons resultados não escondam as falhas.
Victor Eduardo é jornalista e escreve sobre esportes em DeFato Online.
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