Dalma Barcelos cita servidores e renuncia a aumento de salário: “Não me sinto confortável”

Elevação dos salários do primeiro escalão foi autorizada pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) no início deste mês

Dalma Barcelos cita servidores e renuncia a aumento de salário: “Não me sinto confortável”
Dalma Barcelos enviou requerimento ao prefeito Ronaldo Magalhães (PTB) – Foto: Divulgação
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A vice-prefeita de Itabira, Dalma Barcelos (PDT), protocolou nesta quinta-feira, 19 de julho, um requerimento renunciando ao aumento salarial autorizado no início deste mês pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). No documento, direcionado ao prefeito Ronaldo Magalhães (PTB), ela cita os servidores públicos municipais, que estão sem reajuste salarial pelo segundo ano consecutivo, e afirma não se sentir confortável em ter o contracheque majorado.

Os salários da vice-prefeita e dos secretários municipais foram majorados logo no início da atual gestão, por meio de projeto de lei aprovado pela Câmara de Vereadores. Os vencimentos correspondentes ao cargo de vice passaram de R$ 9,3 mil para R$ 11,5 mil, voltando para próximo do patamar anterior aos cortes estabelecidos pela administração de Damon Lázaro de Sena (PV).

O Ministério Público questionou os aumentos na Justiça e obteve uma liminar para impedir os reajustes nos salários do primeiro escalão. No entanto, no início deste mês, o desembargador Dalmo Luiz Silva Bueno, do TJMG, deu ganho de causa à Prefeitura de Itabira autorizando a majoração dos vencimentos.

No documento entregue ao prefeito, Dalma afirma que, “mesmo concordando com o merecimento pela atuação de todos diante da crise em que a gestão pública foi encontrada, não me sinto confortável em recebe-lo, principalmente diante do momento econômico que agrava a situação Federal, Estadual e Municipal, motivo pelo qual impossibilita este mesmo benefício aos servidores e demais funcionários”.

O governo municipal confirmou que não concederá aumento aos servidores públicos pelo segundo ano consecutivo. A justificativa é que a arrecadação ainda não alcançou os patamares desejados, o que só deve ocorrer em 2019. Insatisfeita, a classe coloca em prática uma “operação tartaruga” e já organiza um protesto para a quarta-feira da semana que vem, 25 de julho, às 9h, em frente a Prefeitura.