Nesta quinta-feira (20), o presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), Raul Jungmann, informou à imprensa que das 74 barragens à montante que devem ser descaracterizadas no país, ainda restam 52. Após a tragédia-crime em Brumadinho e Mariana, o objetivo é eliminar esse modelo de barragem de rejeitos.
Na coletiva de imprensa, o presidente informou, ainda, que, das 52 barragens a montante, 5 estão no Nível de Emergência 2 e outras 3 no Nível de Emergência 3. Segundo Jungmann, as pessoas que se situavam nas áreas próximas a estas estruturas foram evacuadas temporariamente.
A descaracterização das barragens exige cuidado redobrado das equipes técnicas. “É uma tarefa complexa, sem precedentes na engenharia. Para realizar as obras com plena segurança é preciso compreender que esta preocupação vem antes de cumprimento de qualquer prazo que se estabeleça no momento”, disse.
Na audiência pública que discutiu os impactos à saúde de pessoas atingidas por barragens ontem (19) na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), o pesquisador em Saúde Pública da Fiocruz, Sergio William Viana Peixoto, comentou sobre a demora em atender às necessidades das pessoas atingidas.
Em Minas Gerais, o Ministério Público (MPMG) informou que 18 barragens à montante já foram descaracterizadas no estado. No site Desativando Bombas Relógio, também é possível conferir que 36 barragens desse método ainda estão em processo de descaracterização.
O Ministério Público de Minas Gerais explica que as barragens à montante são construídas acima de um dique, além dos próprios rejeitos depositados no local. Este vídeo do MPMG explica os diferente modelos de barragens utilizados por mineradoras: