O tradicional debate com os candidatos à presidência promovido pela Band, no último dia 28, domingo, possivelmente frustrou as expectativas dos telespectadores, ávidos por verem um embate mais acirrado entre os dois candidatos ao Palácio, o atual presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) e o seu principal opositor, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Também não se viu propostas de governo àquele que porventura seja eleito.
Diferentemente, viu-se maior polarização entre as mulheres participantes, Simone Tebet (MDB), Soraya Thronicke (União Brasil), o candidato Felipe D’avila (Novo) e Ciro Gomes (PDT).
Durante o debate, que durou 2h30, percebeu-se a tentativa de afago do Lula ao pedetista, que não cedeu às palavras amenas do petista, e dirigiu-lhe acusações ácidas.
Como se esperava, Lula insistiu, diante de um Bolsonaro que o chamava de ex-presidiário, na retórica da inocência e negativa de ter participado de conluio com empreiteiras durante o seu governo e da Dilma Rousseff, que o sucedeu.
Segundo o site Poder360, “Lula foi considerado inocente em 3 dos 11 processos mais conhecidos. Foi absolvido por “suposta obstrução de justiça” envolvendo o silêncio de Nestor Cerveró por organização criminosa no caso do “Quadrilhão do PT” e na “Operação Zelotes”, que o denunciou por corrupção passiva pela supostamente aprovação de ‘Medida Provisória’ em troca de contrapartidas ao PT.”
Analistas políticos da CNN Brasil criticaram o desempenho de Lula e Bolsonaro no debate, dando maior ênfase à resposta agressiva do presidente à jornalista,Vera Magalhães, que insinuou ter o presidente “difundido desinformação sobre vacinas, também demorando a adquiri-las, vitimando milhares de pessoas.
Em resposta, Bolsonaro sendo Bolsonaro, rebateu a jornalista, dizendo que “ela dorme pensando em mim !”
Vera Magalhães é jornalista do Grupo Globo atuando no jornal da Globo e Rádio CBN. Também é apresentadora do programa de entrevistas Roda Viva, da TV Cultura, com passagens pela revista Veja, Jovem Pan e Jornal Estado de São Paulo.
No noticiário noturno da TV Jovem Pan, a comentarista de política Ana Paula Henkel, disse que a jornalista em questão afirmou ter feito a denúncia de propósito, sabendo da reação nervosa do presidente.
Na oportunidade, Ciro procurou defender a jornalista, acusando o presidente de agressividade.
Ciro Gomes foi por muitos anos casado com a atriz Patrícia Pilar. Em sua campanha ao Planalto em 2002, Ciro afirmava a plenos pulmões que: “A minha companheira tem um dos papéis mais importantes, que é dormir comigo. Dormir comigo é um papel fundamental.” Ciro é conhecido pelo seu destempero verbal, seus arroubos, especialmente quando ingere bebida alcoólica. É também conhecido por “coroné”, em alusão a termo típico da região nordestina aos grandes proprietários de terras e fazendas.
Em resumo, o debate da Band foi aquém do esperado, no entanto, revelou que a terceira via pode não ser só o Ciro Gomes, mas a Simone Tebet, uma grata surpresa num cenário político com predominância masculina em todos os parlamentos do país!
Aproveitando o espaço, vi no rodapé de um jornal da Jovem Pan: O Brasil gerou 218.902 vagas de emprego com carteira assinada no mês de julho. No acumulado de 2022, foram gerados 1.560.896 empregos formais, conforme consta do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), divulgado nesta segunda-feira (29/08 pelo Ministério do Trabalho e Previdência.