Itabira vive a expectativa de que o Legislativo volte do recesso e acabe com esse marasmo que tomou conta da cidade. O retorno só acontece no próximo dia 7 de fevereiro, daqui a um mês. Enquanto isso, vemos as chuvas causando buracos em todas as vias do município num velocidade contrária aos reparos feitos pela atual administração municipal.
É verdade que o asfalto não adere ao solo úmido, e fragmenta-se após o primeiro veículo passar sobre ele, mas, embora o volume da chuva esteja maior do que o ano passado, no mesmo período, há frestas de estiagem em que se poderia aproveitar e aplicar a massa reparadora sobre esses aspectos lunares que hoje vemos por todas as nossas ruas.
O prefeito não está de férias, mas a cidade definitivamente está no ostracismo, parada, sem vida, sem pulsar.
O orçamento para esse ano ultrapassa o bilhão de reais e o caixa da Prefeitura ainda conta, segundo alguns vereadores, com cerca de R$300 mi. em seus cofres, que não foram utilizados no ano de 2022.
“O Futuro Feito Hoje”, slogan da atual gestão, insinua que a cidade está se preparando para o fim da extração mineral em nossas terras, com previsão para no máximo até 2030, mas não é o que se vê de concreto nesses dois anos do seu mandato.
O ritmo está lento e o tempo passa frenético, célere, ignorando as promessas de campanha do atual gestor itabirano que só tem mais dois anos para cumpri-las.
Para piorar o quadro, as obras dos prédios 4, 5 e 6 da Unifei-Campus Itabira- estão em atraso, com previsão de entrega para fevereiro de 2024, dois anos após previsão inicial.
No dia 24 de outubro de 2022, em visita de fiscalização à Unifei, vereadores constataram atraso no pagamento às empreiteiras responsáveis pela obra, excesso de burocracia no processo, dificuldade de diálogo entre a instituição de ensino e a Prefeitura e a troca constante dos secretários municipais, o que configura maior problema no desenvolvimento do campus da universidade.
A Vale, parceira no empreendimento, assegura que a verba tem sido religiosamente repassada conforme os termos de parceria.
Só a Unifei não é a solução para impedir que Itabira se transforme numa Caeté, hoje cidade dormitório da Grande BH. Em sua campanha, o prefeito acenou trazer empresas de pequeno e médio porte para nossa cidade, de forma a gerar empregos e impostos para manter a dinâmica do município.
Sabemos que o metrô prometido foi um ato falho dos seus apoiadores e militantes partidários, já que existem grandes cidades do país (capitais, até) que não conseguem essa promessa do governo federal.
Resta-nos aguardar ansiosos que o prefeito Marco Antônio Lage (PSB) desperte do seu duradouro sono e coloque Itabira nos trilhos novamente.
Pra frente é que se anda!