Deputados de oposição entraram com pedidos na Câmara para ouvir o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o ministro da Defesa, José Múcio, sobre a compra de um avião para as viagens do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Os requerimentos já foram registrados na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle (CFFC) do Legislativo pelos deputados Carlos Jordy (PL-RJ), Maurício Marcon (Podemos-RS), Evair Vieira de Melo (PP-ES), Carla Zambelli (PL-SP), e Nikolas Ferreira (PL-MG).
Em seu requerimento, o deputado Carlos Jordy ressalta que “a FAB (Força Aérea Brasileira) já dispõe de aeronave presidencial adquirida por Lula em 2004 e adquiriu recentemente dois aviões A330-200, de forma que tal compra apresenta-se absolutamente incompatível com o cenário de déficit nas contas públicas”.
Jordy acrescenta: “Em consulta ao Painel do Orçamento Federal, observa-se que a Ação 3113 — Aquisição de Aeronaves do Programa 0632 — Reaparelhamento e adequação da FAB, tinha dotação orçamentária de apenas R$ 23 milhões em 2023, já totalmente liquidado pelo Ministério da Defesa, demonstrando a total ausência de recurso para a compra de nova aeronave presidencial. O ministro da Fazenda deverá explicar quais novos cortes serão necessários para a aquisição da referida aeronave presidencial”.
A aeronave pretendida por Lula é um Airbus A330, orçada em US$ 80 milhões, cerca de R$ 400 milhões.
A atual aeronave presidencial não faz viagens longas. Para o encontro do G20, em Nova Délhi, na Índia, foram necessárias duas escalas. Ao voltar dos Estados Unidos, o presidente Lula completará 56 dias fora do Brasil, quase dois meses, dos nove, depois da posse.
Na sexta-feira (15), Lula foi a Cuba, onde participou da Cúpula do G77. No sábado (16), o presidente foi a Nova York onde participou da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). Seu retorno está programado para a próxima sexta-feira (22).
Até agora Lula já fez 15 viagens internacionais desde a sua posse, em todas acompanhado pela primeira-dama Janja Lula da Silva. Em suas viagens, o vice-presidente Geraldo Alckmin assume interinamente a presidência do país.
