Como resultado de investigação conduzida pela Procuradoria-Geral da República, pelo Gaeco do Ministério Público Federal em Minas Gerais e pela Polícia Federal, foram cumpridos, nesta terça-feira (14), sete mandados de busca e apreensão em Belo Horizonte. Os mandados foram expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) para apurar o envolvimento de um desembargador federal e do filho, advogado, suspeitos de terem ligação com investigados da Operação Flight Level II, também deflagrada nesta terça-feira pela Polícia Federal, para combater crimes de tráfico internacional de drogas, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
Além dos mandados cumpridos na capital mineira, foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão na cidade de Brasília (DF) e um mandado de busca e apreensão na cidade de São Luiz (MA). A Operação foi intitulada “Habeas Pater” e combate possíveis crimes de corrupção ativa e passiva. Caso o desembargador e o filho respondam pelos crimes, podem ser condenados a até 12 anos de prisão.
Também foram executados 35 mandados de busca e apreensão em endereços vinculados aos investigados e em empresas usadas por eles para lavar dinheiro e movimentar valores oriundos do tráfico de drogas. As ordens partiram do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e da Justiça Federal em primeira instância.
Investigação
No Superior Tribunal de Justiça, o inquérito pretende apurar a suposta prática de corrupção pelo desembargador federal e seu filho. O STJ também autorizou medidas como a proibição de acesso dos investigados a determinados locais e o contato entre eles. De acordo com o que já foi apurado nos procedimentos em curso, apenas em criptomoedas, as empresas envolvidas no esquema teriam movimentado valores que superam os R$ 60 milhões.