A população de Santa Maria de Itabira ainda segue enfrentando diversos desafios após as fortes chuvas que devastaram a cidade em fevereiro. No domingo (28), a Coordenadoria Municipal de Defesa Civil (COMPDEC), em cumprimento a uma ordem judicial, expedida pelo juiz Wellington Reis Braz, realizou a desocupação de 11 residências no bairro Poção.
De acordo com Eduardo Martins, chefe de gabinete e coordenador da Defesa Civil local, foi determinada a retirada de nove famílias da rua Antônio Dias e de outras duas na rua Dona Neném. As casas foram classificadas como de alto grau de risco.
“Com a retirada dessas pessoas tivemos um aumento dos números referentes aos atingidos pelas chuvas na cidade”, destacou. Agora, Santa Maria de Itabira conta com 374 pessoas desalojadas e 112 desabrigados —distribuídos nas escolas Municipal Trajano Procópio e Estadual Agenor Guerra. Porém, esses espaços já alcançaram a sua limitação máxima.
Dessa forma, a Prefeitura de Santa Maria de Itabira busca alternativas para poder abrigar os santa-marienses que necessitarem desse tipo de apoio.
Um dos locais pretendidos é a Igreja Matriz Nossa Senhora do Rosário. Mas, de acordo com Eduardo Martins, o bispo da Diocese de Itabira-Coronel Fabriciano, Dom Marco Aurélio Gubiotti, negou a solicitação para utilizar o espaço como abrigo municipal.
A Prefeitura de Santa Maria de Itabira considera a Igreja Matriz como um local estratégico por estar no Centro da cidade e permitir rápido atendimento médico em caso de necessidade dos abrigados. Além disso, o Executivo Municipal considera que o espaço pode receber até 40 famílias.
“Os nossos abrigos municipais esgotaram a sua capacidade. Estamos procurando novas locações. Ontem recebemos a negativa do bispo da Diocese de Itabira quanto a solicitação de uso da Igreja Matriz Nossa Senhora do Rosário, localizada no Centro da cidade”, afirmou Eduardo Martins.
