Na mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial dos Pobres de 2024, ele “destaca a importância da oração dos pobres, especialmente no contexto de um ano dedicado à oração, em preparação para o Jubileu Ordinário 2025. Ele nos lembra que a oração do pobre é poderosa e chega diretamente ao coração de Deus, pois reflete uma relação genuína de humildade, confiança e necessidade. A esperança cristã inclui também a certeza de que a nossa oração chega à presença de Deus; não uma oração qualquer, mas a oração do pobre”.
O Papa Francisco usa o livro do Eclesiástico como referência e enfatiza que Deus se “impacienta” perante o sofrimento dos pobres e age para fazer justiça, pois todas as pessoas, em essência, são pobres e necessitam da presença de Deus em suas vidas.
No seu caminho, descobre uma das realidades fundamentais da revelação, ou seja, o fato de os pobres terem um lugar privilegiado no coração de Deus, a tal ponto que, perante o seu sofrimento, Deus se “impacienta” enquanto não lhes faz justiça: “A oração do humilde penetrará as nuvens, e não se consolará, enquanto ela não chegar até Deus”.
O Romano Pontífice ainda exorta todos os cristãos a serem instrumentos de libertação e promoção para os pobres, lembrando que a verdadeira caridade só é completa quando acompanhada pela oração, que fortalece e dá sentido às ações solidárias. Como o Papa Bento XVI disse, “sem a oração cotidiana, nosso fazer esvazia-se, perde a alma profunda”.
Ao final da mensagem, o Papa nos recorda: “Em todas as circunstâncias, somos chamados a ser amigos dos pobres, seguindo os passos de Jesus, que foi o primeiro a solidarizar-se com os últimos”.
À medida que celebramos este dia, peçamos a Deus a graça de sermos verdadeiros discípulos de Cristo. Que sejamos agentes de transformação em nossa sociedade, estendendo as mãos aos pobres e oprimidos. Que a luz de Cristo nos guie em nosso compromisso de amor e solidariedade para com nossos irmãos e irmãs menos afortunados.
Padre Hideraldo Verissimo Vieira é pároco na Paróquia São João Batista – João XXIII, em Itabira, e licenciado em Filosofia pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), com especialização em Ensino Religioso pela PUC Minas.
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