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Diretor da Câmara de Itabira é exonerado após ser preso

Heraldo Noronha é o presidente da Câmara de Itabira - Foto: Thamires Lopes/DeFato

O presidente da Câmara de Itabira, Heraldo Noronha (PTB), exonerou nesta terça-feira (2) o diretor administrativo da Casa, pastor Ailton Moraes, preso acusado de praticar a popular “rachadinha”.

Ele e o vereador Weverton Júlio Limões “Nenzinho” (PMN) foram detidos após terem coagido testemunhas ouvidas pela Polícia Civil. Ambos permanecerão presos, pelo menos, até a conclusão do inquérito, em 10 dias.

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“Não tenho muito o que falar sobre o ocorrido. De manhã fiquei sabendo da situação e fui conversar com o delegado, que me disse que eles foram conduzidos por coagir testemunhas. Eles vão entrar com um pedido de habeas corpus, não sei se vão conseguir. Esse caso tem haver com a rachadinha, mas eu não posso dizer se houve mesmo. Eu acredito que não existe”, comentou Heraldo Noronha em entrevista à imprensa durante a reunião ordinária da Câmara.

O petebista afirmou que sabia das investigações e que pretendia exonerar pastor Ailton antes da prisão. Contudo, ele apresentou licença médica e ficou afastado do cargo cerca de 15 dias.

“Ele trabalhava como diretor e eu nunca vi nada para desconfiar da pessoa dele. Não tenho nada contra ele. Mas, até que os fatos sejam investigados e esclarecidos, tenho que afastá-lo pela instituição, que é Câmara. Eu acredito no diretor, acredito que ele seja inocente. Mas, enquanto tudo não seja esclarecido, não posso deixá-lo à frente da Câmara de Itabira”, destacou o presidente do Legislativo.

O substituto do diretor administrativo deve ser nomeado em breve. Heraldo Noronha pretende nomear alguém de dentro da própria Câmara. Enquanto pastor Ailton esteve afastado das suas funções, a oficial administrativo Marcela Cristina Lopes da Silva ocupou o cargo.

“Ela é servidora efetiva e trabalha aqui há muitos anos. Mas ela vai sair de férias agora e estou estudando quem pode substituí-la”, explicou Heraldo Noronha. O presidente da Câmara defendeu a versão dada por Nenzinho, de que as denúncias são fruto de mágoas.

“O que acontece é que Nenzinho troca muito de assistente. Isso acaba criando aquela raiva, indigestão das pessoas que estão com ele, que acabam o difamando. A gente sabe que o Nenzinho é uma pessoa boa, ele atua na área menos favorecida da cidade, ajuda as pessoas mais judiadas. Então, não é uma situação boa para nós. A gente sabe que ele tem um coração bom”, frisou o petebista.

Enquanto durarem as investigações, o trabalho da Câmara não será interrompido ou prejudicado. “Os outros vereadores estão aqui e o andamento dos trabalhos tem que ser normal”, finalizou.

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