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Doença grave obriga produtores a sacrificarem cavalos em Senhora do Carmo

O Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) em Itabira investiga casos de anemia infecciosa equina no distrito de Nossa Senhora do Carmo. Para impedir o avanço da doença, cavalos vêm sendo sacrificados desde o início deste ano. Ao menos 11 propriedades rurais estão interditadas no distrito até que não existam mais focos da doença.

As informações são do Sindicato Rural de Itabira, que acompanha o problema. Segundo a entidade, em duas propriedades rurais localizadas no distrito, animais foram diagnosticados com a anemia e foram sacrificados. O sacrifício do animal infectado é um protocolo determinado pelo Ministério da Agricultura.

Na área com o primeiro foco identificado em Senhora do Carmo, cinco equinos foram sacrificados entre janeiro e março deste ano. Em uma propriedade vizinha, os dois equídeos existentes também estavam com a doença. Os dois foram mortos na quinta-feira passada, 26 de abril.

Grave 

A anemia infecciona equina é uma doença grave que leva o animal à morte, muito conhecida entre os produtores de cavalos. O Sindicato esclarece que se trata de um vírus transmitido principalmente pela mosca mutuca, que se alimenta do sangue dos bichos.

Entre os equídeos, o vírus se propaga pelo contato com o sangue contaminado. A doença não infecta humanos, mas causa sérias complicações aos animais. Pode ser assintomática ou apresentar inchaço nas partes baixas, na barriga ou no peito do equino.

Propriedades sitiadas 

O Sindicato Rural explica que o procedimento para liberar a área com foco de anemia infecciosa equina exige exames de sangue seguidos nos bichos com intervalo de 30 a 60 dias.

Um total de 55 equinos, grupo que considera as mulas, burros e cavalos, por exemplo, está com a vida em risco em Senhora do Carmo. Na semana que vem, os profissionais do IMA voltarão às propriedades interditadas para a coleta de material biológico e realização de mais exames de sangue.

“O sindicato está acompanhando de perto as apurações e espera um desfecho positivo para os produtores”, diz o presidente do Sindicato Rural, Evando Lage Avelar.

Prevenção 

A melhor forma de impedir o avanço da doença é preveni-la. Isso porque são várias as formas de contágio. Qualquer utensílio que possa conter o sangue, e esse sangue tendo o vírus será transmitido do animal infectado para o não infectado. Embocadura do freio, utilização de esporas e principalmente vacinação contra raiva com o compartilhamento de agulhas são as formas de contágios mais comuns entre cavalos, muares e jumentos.

“Usar a agulha descartável é fundamental na prevenção da contaminação. A utilização repetida de agulha acontece por inteira falta de conhecimento por parte do produtor, porque o preço é acessível. Uma agulha descartável custa de seis a dez centavos. A maior propriedade que colhi de sangue em quantidade de animais tinha 14, e o proprietário iria gastar menos de R$ 1,50 para evitar a possível contaminação”, cita Nissan Félix, chefe do Escritório Seccional do IMA.

 

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