Fazer algo para a comunidade sempre foi uma honra para a líder comunitária Rosemary Álvares de Souza. A aposentada de 63 anos é mais conhecida como Dona Rosinha. Foi em 1986 que iniciou suas atividades como membro da Associação do Morro Santo Antônio, em Itabira.
Dona Rosinha conquistou a liderança, aos poucos, até chegar ao posto de líder comunitária. Tudo começou quando quis conhecer mais de perto a comunidade. Assim, virou membro da associação. Certo dia, a secretária faltou em uma das reuniões. Então, foi solicitada para escrever a pauta da reunião. Daí para frente, ela não parou mais. Já são 36 anos de dedicação e trabalho para a associação.
Para ela, ser líder comunitária é: “nunca estar à frente e sim ao lado de uma comunidade. Orientar, assessorar e aprender. Se preocupar com o próximo, ter humildade e ser firme em suas decisões, não esquecendo de preparar um novo líder”.
Pandemia
Antes da pandemia, todos os dias, Dona Rosinha atendia na sala da interassociação, de 07hs às 18hs. Só que, com a pandemia tudo mudou.
“Agora estou voltando, aos poucos, com aquela rotina de atendimentos às associações; reuniões de conselhos; de critérios das associações e outros. Estamos em contato com muitas empresas e solicitamos cursos e melhorias para nossa comunidade. Através da ONU Mulheres estamos nos reunindo para buscar apoio e oportunidades para as mulheres. É uma forma de valorizar seus trabalhos culinários e artesanatos”, disse a líder comunitária.
Missão
Dona Rosinha é uma pessoa que gosta de cuidar do bem de todos e de sua comunidade. Mas, isso não é fácil e requer muita determinação e força.
“Certamente, muitas pessoas duvidavam da minha capacidade de liderança, principalmente por ser mulher. Porém, nunca me importei com isso. Outro fator é que nem sempre as pessoas querem participar dos projetos sociais, mas convido sempre e mostro a importância da participação de cada um para que tudo aconteça. Quero ajudar as pessoas que estão em situação de desvantagens em todos os sentidos. E o meu maior objetivo é preparar e organizar a comunidade para podermos receber turistas de todos os lugares. Busco sempre melhorias para o lugar onde vivemos”, conta.
E quando pergunto para Dona Rosinha se é gratificante fazer o bem, ela responde: “Sim, é muito bom! Mas, bem pesado também. Sofremos muita ingratidão porque nem sempre somos valorizados. Mas gosto muito! Por isso, agradeço a Deus a oportunidade de ter feito um pouco para muita gente. Acredito que só dessa forma teremos um mundo melhor com mais amor e respeito um pelo outro. Portanto, eu continuo na luta”.