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Duas paredes de casarão histórico desabam e voltam a causar apreensão no Centro de Itabira

Duas paredes de casarão histórico desabam e voltam a causar apreensão no Centro de Itabira

Foto: Reprodução/Redes sociais

No início da tarde desta segunda-feira (13), o desmoronamento de duas paredes de um casarão histórico localizado na rua Tiradentes voltou a causar apreensão na região central de Itabira. A edificação, que fica ao lado do Banco do Brasil — que também está interditada —, está ameaçada de desabar devido a um desaterro irregular realizado em um lote na avenida Daniel Jardim de Grisolia, ao lado da então agência da Caixa Econômica Federal (CEF).

Devido à situação, técnicos da Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil (Compdec) e o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG) compareceram ao local e, mais uma vez, evacuaram lojistas e moradores de um prédio localizado ao lado do terreno em que foi realizada a obra irregular. Além disso, a Superintendência de Transporte e Trânsito de Itabira (Transita) voltou a interditar trecho da avenida Daniel Jardim de Grisolia, entre a então agência da Caixa Econômica e a praça Nico Rosa.

As forças de segurança aguardam uma equipe de engenheiros chegar ao local para fazer uma nova avaliação da estrutura do casarão histórico e definir se mantém as interdições, tanto do prédio quanto da via, ou se eles podem ser liberados.  “Estamos aguardando a chegada de engenheiros civis para a nova avaliação do cenário. Até então, houve o deslocamento de duas paredes, comprometendo ainda mais a estrutura [do casarão]”, afirma o sargento Bageto, do 6º Pelotão de Corpo de Bombeiro de Itabira.

“Já foi realizada a evacuação de populares, tanto do Banco do Brasil e Caixa Econômica, como do residencial e lojistas. Foi feito o isolamento de área e a gente está, até então, aguardando novas ordens e a perícia final dos engenheiros civis”, acrescenta.

Foto: Giovanna Victória/DeFato Online

Nilma Macieira, responsável pela Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil, ressalta que a “perícia técnica com relação à avaliação do casarão, se ele tem condições de permanecer no lugar ou deve ser demolido, já foi feita”. “Hoje, com a queda dessas duas paredes, fizemos essa interdição por medida de segurança, pensando em resguardar vidas. Estamos agora aguardando a equipe de engenharia para avaliar se podemos novamente liberar as pessoas para as atividades normais, tanto o comércio que foi interditado quanto as pessoas que moram no edifício adjacente”, explica.

“Toda vez que tem uma mudança daquele cenário atual, que foi avaliado da última vez, a gente tem que ter essa postura pensando nas vidas que estão em risco”, completa Nilma Macieira.

Foto: Giovanna Victória/DeFato Online

Relembre

Em janeiro do ano passado, uma obra irregular de desaterro em um lote na avenida Daniel Jardim de Grisolia ameaçou a integridade da então agência da Caixa Econômica, ao lado da área. Aos fundos do lote, já na rua Tiradentes, a unidade local do Banco do Brasil e um casarão vizinho também passaram a correr risco. Desde então, o empreendimento foi embargado pela Prefeitura de Itabira.

Ainda em 2024, as duas agências bancárias tiveram os seus prédios interditados. A Caixa Econômica acabou transferindo as suas atividades para outro ponto, na rua Sizenando de Barros, também no Centro, próximo à sua antiga unidade.

Já o Banco do Brasil, após um laudo técnico que atestou a segurança da sede, retomou os seus atendimentos — mas, desde o ano passado, trabalha na implantação de uma nova agência na avenida Carlos Drummond de Andrade, ao lado da Secretaria de Esporte e Lazer.

Na última semana, devido às chuvas que atingem Itabira e região, o lote da avenida Daniel Jardim de Grisolia voltou a causar apreensão. Deslizamento de terras acabaram por ameaçar a estrutura do casarão localizado na rua Tiradentes, que corre o risco de desmoronar.

Devido a isso, a agência do Banco do Brasil voltou a ser interditada (clique aqui e saiba como fica o atendimento na cidade), assim como um prédio localizado ao lado do terreno em que foi realizada a obra irregular — e que conta com lojas no térreo e apartamentos residenciais nos andares superiores.

* A apuração é da repórter Giovanna Victória.

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