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Duplicação da BR-381 pode contribuir com o desenvolvimento econômico das cidades mineradoras

Duplicação da BR-381 pode contribuir com o desenvolvimento econômico das cidades mineradoras

Foto: Jhonne Starling

Ampliar as oportunidades de geração de novos negócios para diversificar a economia em cidades mineradoras é um dos principais desafios das gestões municipais. Essas iniciativas são fundamentais para construir um futuro sustentável, garantindo qualidade de vida às populações, mesmo após o término das atividades minerárias. Portanto, a estruturação de políticas públicas de fomento, aliadas a vantagens competitivas, são essenciais para despertar o interesse de empresas. Além do potencial minerário, um dos grandes ativos dos municípios mineradores, localizados na região Central de Minas Gerais, é o posicionamento geográfico extremamente atraente, às margens da BR-381.

Por isso, a assinatura do contrato de concessão da rodovia, realizada pelo governo federal, neste ano, se torna uma das grandes aliadas do desenvolvimento econômico dessas cidades. O trecho de concessão tem 303,4 km de extensão, iniciando-se em Belo Horizonte até Governador Valadares. A rodovia é utilizada, principalmente, para escoamento de produtos industriais, pois atravessa o Vale do Aço e interliga os estados de Minas Gerais, São Paulo e Espírito Santo.

Compreendido entre as regiões metropolitanas de Belo Horizonte e do Vale do Aço, RMBH e RMVA, respectivamente, o trecho liga um dos arranjos industriais mais importantes de Minas Gerais, que representa cerca de 38% do PIB do Estado, conforme informações da Fundação João Pinheiro, com ano base 2021.

O município de São Gonçalo do Rio Abaixo, posicionado entre essas regiões (RMBH e RMVA), tem uma contribuição extremamente significativa nesse bolo. A cidade ocupou a segunda maior posição do Produto Interno Bruto (PIB) per capta de Minas Gerais, em 2021, sendo R$ 684,1 mil por habitante. Em nível Brasil, o município fica em terceiro lugar, segundo dados de 2021 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Desde a instalação da Mina Brucutu, considerado um dos maiores complexos de extração e beneficiamento de minério de ferro do mundo e explorado pela mineradora Vale, São Gonçalo do Rio Abaixo vem se estruturando para atrair novos negócios para além da atividade minerária, se consolidando como um dos principais municípios mineradores do Quadrilátero Ferrífero e do Brasil. A cidade criou um conjunto de leis com a proposta de atrair investimentos para transformar e diversificar sua economia, o que culminou com o lançamento, em 2024, do “Prospera+, Programa de Diversificação Econômica”.

O projeto oferece políticas públicas de fomento para atrair negócios, entre elas, leis para concessão de incentivos, como áreas e benefícios fiscais; fundo de Equalização de Juros, que tem como gestor o Sicoob; Programa Permanente de Obras Públicas com melhorias na estrutura viária; licenciamento ambiental para empreendimentos com classe até o nível 4; parcerias estratégicas para qualificação de mão de obra local; além de imóveis para a instalação de empreendimentos, como os Distritos Industriais (já em funcionamento), Loteamento Empresarial e Condomínio para Micro e Pequenas Empresas (em desenvolvimento).

Por isso, o município não mede esforços para ampliar as possibilidades de investimentos para fomentar novos negócios, inclusive, deu a sua contribuição nas discussões que envolveram os processos de assinatura da concessão da rodovia. O prefeito municipal de São Gonçalo do Rio Abaixo, Raimundo Nonato Barcelos “Nozinho” (PDT), juntamente com o Movimento Pró-Vidas, acompanhou todo o processo de duplicação da BR-381 e participou de reuniões em Brasília.

Ainda, atenta à importância da sua localização geográfica como um excelente ativo competitivo para o fomento de novos negócios, em abril deste ano, o município irá concluir as obras do novo trevo da BR-381, na entrada da cidade, já adaptado para a duplicação da rodovia. O trecho tem passagem superior, mais de 1 km de pista duplicada na BR-381, duas rotatórias laterais nos dois sentidos e passagem através de túnel por baixo da rodovia para acesso à cidade, facilitando a chegada ao município.

De acordo com o prefeito Nozinho, embora de responsabilidade do governo federal, a obra foi custeada integralmente pela prefeitura, com investimentos de cerca de R$ 50 milhões. “Somado a isso, oferecemos um conjunto de políticas públicas, com incentivos para grandes, pequenas e micro empresas. Um esforço em logística e infraestrutura para o escoamento da produção local, e por consequência, a atração de novos negócios”, afirma.

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