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Durante cinco dias, Flitabira promoveu programação diversa e inclusiva com mais de 160 atividades culturais

Durante cinco dias, Flitabira promoveu programação diversa e inclusiva, com mais de 160 atividades culturais

Apresentação de Tino Freitas durante o evento - Foto: Filipe Abras

Durante cinco dias de programação, 167 atividades fizeram parte da terceira edição do Festival Literário Internacional de Itabira (Flitabira) — sendo 33 mesas de debate nacionais, 17 locais, 11 virtuais, 20 espetáculos infantis e 85 sessões de autógrafos. Em 2023, o tema do evento foi “Arte, Literatura e Correspondências”, celebrando a importância das cartas trocadas entre Carlos Drummond de Andrade e seus familiares e amigos.

Em relação à programação internacional, dois autores marcaram presença no Flitabira: Raquel Cané e Pedro Drummond, neto de Carlos Drummond de Andrade, patrono do Flitabira. Já a programação nacional teve a presença de 40 escritores e escritoras — dezenove mulheres e vinte e um homens, sendo três indígenas e seis negros.

A programação regional do evento trouxe 14 mesas para o festival, das quais cinco abordaram o tema central do evento, as epístolas drummondianas. As demais mesas de debate trataram temáticas como mulheres na literatura, inclusão, arte e cidade, literatura marginal, religiosidade e fé e a história da cidade de Itabira.

No total, 22 mulheres e 20 homens compuseram a lista de intelectuais da programação local, sendo 11 negros e 23 professores. Um desses professores foi Maxsandro Soares, professor dos três alunos que subiram ao pódio do Prêmio de Redação do Flitabira na categoria 3, que agracia estudantes entre 15 e 18 anos.

Quanto à premiação de redação, considerada um dos principais momentos do festival, 22 escolas aderiram à proposta, dentre elas públicas e privadas da Educação Infantil, Ensino Fundamental 1 e 2 e Ensino Médio. No total, cerca de 9 mil e duzentos estudantes estiveram envolvidos e puderam participar do concurso.

As cartas 

Promovido em parceria com o Sesc-SP, o Flitabira apresenta um ciclo de debates que discorre sobre a obra epistolar de Carlos Drummond de Andrade. No total, onze mesas de debate foram realizadas com treze autores (onze homens e duas mulheres), todas com mediação de Fábio Lucas, membro da Academia Pernambucana de Letras, fundador do @livronewsnoinsta, colunista do Jornal do Commercio (PE) e Presidente do Conselho Editorial da Cepe.

Os vídeos do Ciclo de Debates “A obra epistolar de Carlos Drummond de Andrade” estão todos disponíveis no YouTube e podem ser conferidos no canal do Flitabira — acesse clicando aqui.

Apoio técnico e infraestrutura

Mais de 60 pessoas compuseram as equipes de produção, comunicação e audiovisual. Indo além, foram feitas 51 contratações para equipe de montagem, limpeza, seguranças, brigada, alimentação, livraria e afins, totalizando mais de 110 contratações diretas e indiretas.

A estrutura englobou dois palcos, uma ampla livraria, áreas de leitura e lazer, em um espaço coberto de quase 900m² — isso sem contar com a parte descoberta do evento, que contou com área destinada à gastronomia.

Para a livraria, coração do festival, foi montado um espaço de 244 metros quadrados dedicado à venda de livros no Flitabira, com cerca de 15 mil exemplares disponíveis, incluindo mais de 4 mil títulos literários abrangendo diversos gêneros, como romance, poesia, ensaio, aventura, terror, crônica, biografia, infantojuvenil, entre outros.

Houve comercialização considerável das obras de Carlos Drummond de Andrade. Em uma lista de obras e autores mais vendidos ao longo dos cinco dias do III Flitabira, Conceição Evaristo  — que recebeu em Itabira o Troféu Juca Pato de Intelectual do Ano — liderou o número de vendas.

Turismo

O festival atraiu visitantes de diversas regiões, trazendo impacto econômico positivo na cidade, com o consumo de produtos e serviços locais, como hospedagem, alimentação, transporte e compras.

Durante o período do festival, houve aumento na demanda por esses serviços, o que beneficia diretamente os estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços da região. Hotéis, pousadas, restaurantes, cafés e lojas em geral experimentam aumento nas vendas e na ocupação, impulsionando a economia local.

Além disso, o Flitabira também desempenha um papel importante na valorização da cultura e do patrimônio da cidade. Ao destacar a literatura e a história locais, o festival incentiva o turismo cultural, atraindo pessoas interessadas em conhecer e explorar as riquezas patrimoniais de Itabira. Isso não apenas gera receita direta para os pontos turísticos locais, como também fortalece a imagem da cidade como um destino cultural e turístico.

O Flitabira é realizado pelo Sempre Um Papo, do jornalista Afonso Borges, e tem patrocínio do Instituto Cultural Vale, via Lei de Incentivo à Cultura, a Lei Rouanet, do Ministério da Cultura, com o apoio da Prefeitura de Itabira e União Brasileira de Escritores – UBE.

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