Pelo segundo ano consecutivo, pesquisadores da Universidade Federal de Itajubá (Unifei) são destacados na edição anual da editora holandesa Elsevier, especializada em publicação científica, mais uma vez listando os autores mais mencionados em trabalhos acadêmicos no mundo.
Em 2021, outros nomes haviam constado da lista, como Antônio Carlos Zambroni de Souza, do ISEE, e José Wanderlei Marangon de Lima, este último, professor aposentado; além de Paulo Fernando Ribeiro, que por dois anos recebeu destaque da publicação como pesquisador.
A edição de 2022 listou os pesquisadores da Unifei cujos trabalhos acadêmicos foram mais citados no mundo. São eles: o professor Paulo Fernando Ribeiro, do Instituto de Sistemas Elétricos e Energia (ISEE), Eleto Eduardo Silva Lora e Guilherme Ferreira Gomes, ambos do Instituto de Engenharia Mecânica (IEM).
Os autores estão presentes em uma lista que analisa citações de artigos em diferentes posições de autoria. O banco de dados utilizado é do sistema Scopus, que faz resumo e citações dos artigos acadêmicos. Os cálculos dos perfis foram realizados até primeiro de setembro de 2022 e disponibilizados no site da Elsevier.
Para o professor Guilherme Ferreira Gomes, a lista da Elsevier aponta dados que comprovam a qualidade da pesquisa realizada na Unifei e reafirma o destaque que a Universidade tem em âmbito nacional e internacional.
O professor Eleto Eduardo Silva Lora destacou que fica comprovada a capacidade de realização de pesquisas de ponta em Universidade do interior, com os atuais alunos estarem aptos a serem pesquisadores de destaque no futuro.
O professor e reitor da Unifei, Edson da Costa Bortoni, enfatizou o orgulho que esses destaques trazem para a instituição e parabeniza todos os pesquisadores que, com muitas dificuldades e muita luta usam a Ciência para melhorar a sociedade.
“A Unifei possui hoje 50 professores bolsistas de produtividade do CNPQ. Foram 40 defesas de doutorado e 145 de mestrado em 2022. Nosso índice FWCI (Field-Wheighted Citation Impact) anual passou de 0,77 em 2021 para 0,96 em 2022, indicando expressiva melhora do nosso impacto nos campos de pesquisa de nossa especialidade”, afirma.
Para Bortoni, a pesquisa é uma das principais ferramentas para desenvolver o país, pois possibilita a descoberta de conhecimentos e soluções para problemas complexos, além da inovação tecnológica numa gama de setores.
“Por meio da pesquisa científica é possível identificar as demandas e necessidades da sociedade, bem como desenvolver novas tecnologias e produtos que possam melhorar a qualidade de vida das pessoas. A pesquisa é fundamental para o progresso econômico, uma vez que ela gera negócios e empregos, e também a melhoria da saúde, meio ambiente e educação”.
O reitor arremata: “Investir em pesquisa científica é uma maneira eficaz de promover o desenvolvimento sustentável e a prosperidade de um país”.
Assunto polêmico
Na mesma semana em que a Unifei foi destaque da editora holandesa Elsevier, o prefeito de Itabira, Marco Antônio Lage (PSB), fez críticas aos moldes em que estão sendo feitas as construções de três novos prédios no campus itabirano da universidade. Para o pessebista, a responsabilidade pelas obras deveria ser dividida, exclusivamente, entre Governo Federal e Vale, sem uso de recursos municipais. Em Itabira desde 2011, a Unifei é considerada por muitos um pilar importante para a diversificação econômica da cidade.