Depois de o Hamas esconder membros do grupo em ambulâncias que transportavam feridos da Faixa de Gaza para o posto de fronteira de Rafah, o Egito determinou o fechamento da passagem, inclusive para os estrangeiros autorizados a usá-la. Com isso, o grupo de 34 pessoas que aguarda repatriação para o Brasil pode ter que esperar um pouco mais.
Esse grupo já não havia sido incluído na sexta turma que deixou Gaza, na manhã da quarta-feira (8). O incidente irritou os governos de Tel Aviv e Cairo, que vêm coordenando os esforços para a retirada dos feridos mais graves do conflito contra o grupo Hamas, que governa Gaza desde 2007.
No sábado (4), o Egito já havia suspendido a retirada dos estrangeiros e ferido de Gaza, após Israel alvejar uma ambulância sob alegando de que ela transportava terroristas. O Hamas nega e diz que 15 pessoas morreram na ação. Desde então, as ambulâncias estão sendo acompanhadas pelo Crescente Vermelho, equivalente à Cruz Vermelha, na região.
O embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zohar Zonshine, divulgou uma nota na tarde de quarta-feira, afirmando que o Hamas estava fazendo uso cínico da população civil estrangeira no meio da guerra e impediu a saída de estrangeiros.
Aparentemente, a nota fazia alusão a críticas de que o Brasil estaria sendo retaliado pela sua conduta à frente do Conselho de Segurança da ONU em outubro, que buscou soluções de consenso e que teriam desagrado Israel. “O Estado de Israel está empregando todos os esforços para evacuar todos os estrangeiros de 20 países diferentes e para aumentar a cota de forma a compensar o atraso causado pelo Hamas”, disse o embaixador.
Informações na imprensa mundial desta quinta-feira (9) dão conta de que a passagem por Rafah teria sido aberta ainda nesta manhã. Ainda não se tem notícias sobre a possível saída do grupo brasileiro.