A vida da empresária Tatiane Monteiro, de 23 anos, nunca mais será a mesma depois do dia 6 de fevereiro de 2020. Nesta data, enquanto trabalhava no studio que leva seu nome, ela e duas funcionárias foram surpreendidas pelo seu ex-companheiro. O homem, de 39 anos, que com quem Taty Monteiro teve relacionamento por três anos, em tom agressivo, aproximou-se para dar o recado: a visita inesperada tinha como objetivo matá-la.
“Eu vim pra te matar e eu vou te matar, vagabunda, ordinária”, disse o ex-companheiro, que também é pai do filho da empresária. Depois da ameaça, ele deu início às sucessivas agressões. “Ele me deu um soco, bateu minha cabeça no vaso e socava ela na parede e na mesa. Quando a Carol [a amiga] conseguiu tirá-lo de cima de mim, ele pisava na minha cabeça e dava pontapés”, contou Taty Monteiro.
Em entrevista à DeFato, ela disse que não conseguiu reagir e que no momento que estava sendo espancada tinha certeza de que iria morrer. As amigas de Taty que estavam no studio tentaram impedir as agressões, pediram ajuda e chamaram a polícia. Mas os pedidos de socorro, no momento, foram em vão. Em um descuido do agressor, Taty Monteiro conseguiu levantar e se trancar em uma das salas do studio. O agressor fugiu sem deixar rastros.
“Eu temo a minha vida porque roubaram de mim o meu direito de trabalhar. Não tenho condição de sair na rua e de fazer nada”, afirmou a empresária.
Depois de sair do hospital, Taty Monteiro publicou em seu Instagram fotos dos hematomas deixados pelo agressor. Na publicação, ela sinalizou as hashtags #leimariadapenha e #ninguémsoltaamãodeninguem na busca por justiça.
“Eu tenho certeza que vamos ajudar muitas mulheres com essa campanha. São dois motivos que postei as fotos: um é mostrar para outras mulheres que ser agredida não é normal. E o outro é prender o agressor, que teve a coragem de fazer isso comigo”, relata
Mais de 4 mil mensagens de mulheres e homens em solidariedade com o caso foram encaminhadas para Taty Monteiro. Segundo a empresária, muitas estão demonstrando apoio e compartilhando que sofrem ou sofreram violência.
Confira a entrevista completa: