Na noite do último dia 22 de agosto, no Jornal Nacional, da Rede Globo, a população brasileira viu, estarrecida, cenas de total desrespeito ao primeiro mandatário do país, Jair Messias Bolsonaro (PL).
O âncora William Bonner e sua colega de bancada, Renata Vasconcelos, em quarenta minutos que deveriam ser para questionamentos sobre planos de governo, em caso da reeleição do candidato Bolsonaro, limitaram-se, entre caras e bocas, fisionomias de cinismo, flagrante deboche e repulsa ao convidado ali presente, afrontá-lo e tentar massacrá-lo diante de milhões de telespectadores país afora.
Foram infelizes! Encontraram um Bolsonaro firme, equilibrado e coerente nas poucas respostas que conseguiu completar diante da artilharia pesada dos pupilos da família Marinho, até conseguindo colocar algumas de suas ações no atual mandato, o que, nitidamente, desestabilizou a dupla acusatória, cujas feições demonstravam nervosismo ao perceberem nulos seus atos grosseiros.
Bonner e Vasconcelos tentaram de todas as formas desestabilizar e fazer explodir o presidente, nitidamente de respostas rápidas e objetivas, duras às vezes, ao estilo militar a que se moldou. Mas, o tempo que deveria ter se prestado para clarear planos de governo do candidato e informar à população suas pretensões, quase a metade dele (cerca de 17 minutos) ficou com a dupla de apresentadores ávida em fazer dele um vexame aos olhos da nação.
Bolsonaro saiu maior do que entrou na arena preparada para derrubá-lo, a exemplo da tentativa de morte sofrida em Juiz de Fora, quando então candidato ao Planalto. Fortalecido perante a opinião pública, ficou exposta também, perante o mundo, o jornalismo podre e rasteiro que a Rede Globo pratica e nossa imprensa, raras exceções, exerce a missão de informar com o devido rigor e neutralidade.
Bolsonaro venceu as eleições utilizando-se basicamente das redes sociais, prometendo acabar com a corrupção, coibir ações do MST, tirar mordomias de sindicatos, sempre ligados ao socialismo e assistencialismo dos governos petistas, reduzir o desemprego e relacionar-se com países capitalistas, deixando à margem os de tendência comunista, além de denunciar as falcatruas perpetradas pelos governo Lula e Dilma, culminando nas operações da Lava Jato e demais ações da Justiça Federal.
Na noite de 25 de agosto, quinta-feira, nessa mesma emissora, o candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT), maior opositor do atual presidente e primeiro colocado nas suspeitas pesquisas feitas por institutos supostamente relacionadas direta ou indiretamente com a ideologia socialista, foi sapatinho pela dupla dinâmica dos Marinho.
Era clara a diferença de tratamento dispensada ao ex-presidiário petista.
As caras e bocas, as feições de deboche e ironia, o nervosismo de três dias atrás desapareceu por completo. Viu-se condescendência nas respostas do socialista, permitiu-se que ele detalhasse suas respostas às indagações e discretas acusações; sequer foi abruptamente interrompido. Pairava no ar o jornalismo que não foi praticado com o Bolsonaro. Nojento de se ver!
Não anotei o tempo, mas acredito que o molusco tenha tido pelo menos 30 minutos para se defender e expor seus projetos de governo a público.
Para início de conversa, Bonner ressaltou que o STF anulou todas as sentenças do condenado, portanto, mais nada devia à justiça (estavam diante de um santo).
Como explicar a corrupção em seu governo? Lula admitiu que a corrupção existiu, já que houve delação, mas acentuou que durante o seu mandato aparelhou a Polícia Federal e que a justiça promoveu investigações. Garantiu o ex-presidiário, se vencer as eleições, vai se reunir com a Procuradoria Geral da República (PGR) e discutir critérios, o que a mim soa como ingerência nas ações da instituição…
Lula se autodenominou o melhor presidente que o país teve e ressaltou que hoje tem 10 partidos aliados a sua campanha. De forma discreta, admitiu a dificuldade de governar sem o apoio do Centrão, não deixando, no entanto, de cutucar esse grupo político.
Falou sobre uma ‘imprensa livre”, esquecendo-se que vociferou várias vezes sua intenção de regular a mídia, cutucar também o presidente Bolsonaro, dizendo que ele hoje é refém de Arthur Lira, presidente da Câmara. Segundo Lula, Bolsonaro recorre a ele, e não ao Paulo Guedes, ministro da Fazenda, quando precisa de dinheiro.
Prometeu investimentos na Educação, contraditório para alguém que confessou certa vez no Roda Viva, da TV Cultura, que não gosta de ler, pois é preguiçoso.
Sobre soberania, falou sobre aproveitamento dos recursos abundantes do nosso solo, mais uma vez se esquecendo que vociferou aos quatro cantos a defesa da internacionalização da Amazônia. Disse ainda que o MST, famigerado grupo de invasores de terra, não é o mesmo de trinta anos atrás. Alguns veículos de comunicação deram, recentemente, a informação de que Lula prometeu autonomia a esse grupo que se apodera de fazendas e terras de colonos, utilizando de agressividade, destruindo lavouras e máquinas agrícolas.
Surpreendeu-me as respostas rápidas do Lula às questões postas na mesa, já que não acredito que ele tenha qualificação bastante para acumular esse volume de informações, mesmo elas não sendo verdadeiras.
Surpreendeu-me a leveza dos entrevistadores ao larápio socialista, em dissonância ao que fizeram com Bolsonaro.
Acredito que Lula tenha incorporado Joseph Goebbels, ministro da Alemanha nazista, que deixou para os imbecis a célebre frase: “Uma mentira contada mil vezes, torna-se uma verdade!”