Site icon DeFato Online

Em 2020, Marina Silva culpava Bolsonaro por incêndios no Pantanal

Foto: Fabio Rodrigues- Pozzebom/Agência Brasil

A atual ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, em 2020, era uma ferrenha crítica do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelos incêndios no Pantanal.

Em seus contumazes ataques, Marina criticava a “falta de medidas do governo para enfrentar o tamanho do problema da destruição dos biomas brasileiros”.

Em uma postagem em seu perfil no X (antigo Twítter), em 17 de setembro, Marina disse: “É uma atuação pífia, de puro faz de conta, onde o que vem sendo feito é muito mais em função do trabalho árduo dos servidores públicos abnegados e do esforço de voluntários comprometidos com a causa ambiental”.

Em 2020, 26,4% de toda a extensão territorial foi queimada, a maior desde 2003, segundo dados do Programa Queimadas, do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), vinculado ao MCTI (Ministério de Ciência e Tecnologia).

Atualmente ministra da pasta ambiental, Marina atribui as causas dos incêndios no Pantanal à ação criminosa de humanos, à mais intensa seca dos últimos 70 anos e o impacto das mudanças climáticas.

Nesta segunda-feira (24), ao fim de uma reunião para definir ações para o bioma, Marina admitiu que “esta é uma das piores situações já vistas na região”.

Registros do Inpe acusam que a quantidade de focos, de janeiro a junho de 2024, é maior que o mesmo período de 2020, embora a área seja menor.

Os focos de incêndio são quantificados pelo Programa Queimadas, do Inpe, por meio de satélites.

No Pantanal, houve um aumento de 773% no número de áreas com alerta de probabilidade de ocorrência de incêndios em relação a 2023.

Estudo de pesquisadores do Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais) criou um sistema de alerta que estima a probabilidade de incêndios sazonais em áreas protegidas da América do Sul.

O alerta máximo indica todas as condições que possam favorecer os incêndios. São elas:

Temperatura acima da média;

chuva abaixo da média;

aumento de focos de calor;

período do ano mais crítico para ocorrência do fogo; e estação seca.

Liana Anderson, pesquisadora do Cemaden, alerta que a situação se intensificará mais, podendo atingir outros biomas, como o Cerrado e a Amazônia.

Exit mobile version