O Atlético-MG anunciou, oficialmente, o retorno do técnico Cuca, campeão da Libertadores (2013) e do Campeonato Mineiro (2012 e 2013) pelo clube. O técnico, cujo último trabalho foi no Santos, assina por duas temporadas e tem seu retorno marcado por polêmicas. Muitos torcedores são contrários à sua contratação por diferentes motivos. O mais grave deles é a acusação de estupro que ronda o treinador desde 1987, quando ainda era atleta e atuava pelo Grêmio.
Sobre o caso, o Galo diz que este é um assunto superado, por conta das declarações do próprio treinador à jornalista Marília Ruiz, do UOL. Na oportunidade, Cuca gravou um vídeo ao lado da esposa e das filhas se defendendo das acusações. O clube ainda acrescentou que “confia no treinador, em suas palavras e, principalmente, em sua conduta: sempre proba e séria, inclusive durante o período em que treinou o nosso time”. Ao mesmo tempo, disse respeitar as mulheres e defender a bandeira da igualdade, repudiando qualquer ato de violência ou discriminação.
Ainda no comunicado oficial divulgado nesta manhã (5), o Atlético-MG diz que Cuca “reúne as qualidades que a nova diretoria procura: é um técnico vencedor, que acredita na base como fator de renovação, valoriza o trabalho em grupo e é profissional íntegro”.
Dois profissionais chegam para compor a comissão técnica do velho conhecido da torcida: Avlamir Stival (Cuquinha), primeiro auxiliar e filho do técnico; e Eudes Pedro, segundo auxiliar. O preparador físico Cristiano Nunes, que estava no Internacional na última temporada, também irá integrar a equipe.
Entenda a polêmica
Em 1987, Cuca atuava como jogador do Grêmio, e em uma excursão do clube gaúcho pela Suíça, ele e outros três atletas teriam recebido uma adolescentes de 13 ano no quarto e teriam a estuprado.
Segundo o jornalista Juca Kfouri, com informações baseadas em notícias da época, três dos jogadores agrediram sexualmente a vítima, enquanto outro observava tudo. Não se sabe qual foi o papel desempenhado por Cuca naquele momento, mas ele foi acusado e considerado culpado pelo crime.
O caso gerou barulho, envolveu diplomacias, Cuca voltou ao Brasil no mesmo ano e o crime prescreveu em 2004, sem que o técnico cumprisse a sentença.