Em tarde de pouca inspiração ofensiva, o Cruzeiro ficou apenas no empate em 1 a 1 com o América no Mineirão, em Belo Horizonte. Luciano Castán abriu o placar para o time da casa, mas Benítez deixou tudo igual neste domingo (1º), pela 25ª rodada do Campeonato Brasileiro. O time de Zé Ricardo saiu do estádio vaiado pela torcida e com gritos protestos de “vergonha, time sem vergonha”.
O resultado deixa o Cruzeiro com 30 pontos, na 12ª posição, quatro de distância do Goiás, primeiro clube na zona de rebaixamento. Na penúltima posição, o América fecha o domingo com 18, agora apenas um ponto na frente com o lanterna Coritiba, que venceu o clássico contra o Athletico-PR no Paraná.
O próximo compromisso do América-MG é no domingo (8), contra o Fortaleza no Castelão, às 18h30, pela 26ª rodada do Campeonato Brasileiro. O Cruzeiro ganha quase duas semanas de folga e só enfrenta o Cuiabá no dia 14, às 21 horas. A partida foi adiada para preservar o gramado da Arena Pantanal, palco do confronto, que recebe Brasil e Venezuela pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026.
Minutos antes de a bola rolar no Mineirão, o goleiro titular do América, Matheus Cavichioli, sentiu uma indisposição e precisou ser cortado do clássico. O uruguaio Washington Aguerre, contratado no começo de setembro, assumiu a posição e fez a sua estreia no clube — Mateus Pasinato ficou no banco de reservas.
Com o início da partida, não demorou muito para o Cruzeiro tomar o controle das ações. O time de Zé Ricardo mantinha a bola e trocava passes, mas não conseguia furar a forte marcação americana, que fechava com cinco jogadores na primeira linha e mais quatro na frente, deixando apenas Mastriani mais adiantado.
Se estava difícil encontrar espaço pelo chão, o time da casa abriu o placar na bola aérea. Nikão cobrou escanteio pela direita na cabeça de Luciano Castán, que subiu nas costas da marcação e testou no canto de Aguerre. A bola ainda bateu no travessão antes de entrar, sem chances para o goleiro. O time do América reclamou de falta no lance, mas o árbitro de vídeo (VAR) validou o gol aos 20 minutos.
Mas a festa dos cruzeirenses não durou muito tempo em Belo Horizonte. Pela esquerda, Nicolas ganhou campo e avançou com liberdade. O lateral encontrou Benítez pelo meio e o camisa 10 recebeu no meio de Neris e Lucas Silva, girou o corpo, carregou para o meio, ajeitou e finalizou no canto de Rafael Cabral, deixando tudo igual aos 27.
O gol aumentou o apetite do América e escancarou o nervosismo do Cruzeiro, que caiu muito de produção. Zé Ricardo foi visto em mais de uma oportunidade gritando e gesticulando com os jogadores, mas não conseguiu evitar a queda de produção do time. Ao final do primeiro tempo, os jogadores saíram vaiados de campo pela torcida.
A segunda etapa no Mineirão foi de pouca inspiração, mas muita vontade. O Cruzeiro apresentava as mesmas dificuldades de criação ofensivas do primeiro tempo, mesmo atuando sem um centroavante fixo — Nikão estava adiantado, improvisado pelo meio. Do outro lado, o América caiu bastante de produção com a saída de Benítez.
Os dois times exploraram bastante a bola aérea, mas sem nenhuma grande oportunidade. Na reta final da partida, aos 41 minutos, Breno recebeu com liberdade na entrada da área e bateu forte, mas Rafael Cabral fez grande defesa e evitou o gol do volante do América.
Assista aos gols de Cruzeiro x América-MG
Ficha técnica:
Cruzeiro 1 X 1 América-MG
Cruzeiro – Rafael Cabral; William, Neris, Luciano Castán e Marlon (Kaiki); Lucas Silva, Matheus Jussa (Fernando Henrique) e Mateus Vital (Bruno Rodrigues); Wesley (Machado), Nikão (Paulo Vitor) e Arthur Gomes. Técnico: Zé Ricardo.
América – Aguerre; Ricardo Silva, Burgos (Éder) e Danilo Avelar; Juninho, Rodriguinho (Marlon), Alê, Benítez (Breno) e Nicolas (Javier Méndez); Mastriani e Pedrinho (Cazares). Técnico: Fabián Bustos.
Gols – Luciano Castán, aos 20, e Benítez, aos 27 minutos do primeiro tempo.
Cartões amarelos – Matheus Jussa e Wesley (Cruzeiro); Burgos e Alê (América-MG).
Cartão vermelho – Fernando Henrique (Cruzeiro).
Árbitro – Leandro Pedro Vuaden (RS).
Renda – R$ 1.903.920,00.
Público – 44.279 presentes.
Local – Mineirão, em Belo Horizonte (MG).