Lula defendeu, nesta segunda-feira (5), em encontro com o presidente do Chile, Gabriel Boric, em Santiago, que haja transparência na divulgação dos resultados na Venezuela, nas eleições ocorridas no último dia 28 de julho.
A agenda de encontro entre Lula e Boric incluía conversações sobre acordos entre os dois países e também a crise da Venezuela, onde a oposição contesta o resultado apontado pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) daquele país, assim como grande parte da comunidade internacional, que não reconhece a vitória de Maduro.
Em seu pronunciamento à imprensa, Lula abordou rapidamente a crise venezuelana.
“O respeito pela tolerância e pela soberania popular é o que nos move a defender a transparência dos resultados. O compromisso com a paz é que nos leva a conclamar os pares ao diálogo e promover o entendimento entre governo e oposição”.
A reunião ocorre no momento em que países cobram do governo brasileiro um posicionamento mais efetivo em relação ao que proclama o CNE (Conselho Nacional Eleitoral), equivalente ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) do Brasil, além da apresentação das atas eleitorais, que comprovariam ou não as irregularidades no processo.
O posicionamento “neutro” de Lula e o apoio do PT à reeleição de Maduro têm sofrido duras críticas de governantes, até mesmo de regimes socialistas.
O PT divulgou uma nota dizendo que maduro venceu as eleições “pacíficas, democráticas e soberanas”.
Boric se manifestou a respeito, logo após a divulgação do resultado das eleições na Venezuela, e disse ser “impossível acreditar nos resultados publicados, e que o Chile não irá reconhecer qualquer resultado que não seja verificável”.