O presidente da Petrobras, Pedro Parente, pediu, nesta sexta-feira, 1º de junho, demissão do cargo. O comunicado foi feito em fato relevante divulgado ao mercado. Parente se reuniu com o presidente Michel Temer (MDB), no Palácio do Planalto, quando afirmou que sua saída é necessária em meio à crise que se instaurou no país com a paralisação dos caminhoneiros.
O comunicado da Petrobras informa que “a nomeação de um CEO interino será examinada pelo Conselho de Administração da Petrobras ao longo do dia de hoje. A composição dos demais membros da diretoria executiva da companhia não sofrerá qualquer alteração”.
Em uma carta enviada ao presidente Michel Temer, mesmo tendo se reunido com o emedebista, Parente diz que a greve dos caminhoneiros e “suas graves consequências para a vida do país” desencadearam um debate “intenso e por vezes emocional” sobre as origens da crise.
Segundo ele, a política de preços da Petrobras adotada durante sua gestão foi colocada sob “questionamento”, mas defendeu que os “resultados obtidos revelam o acerto do conjunto das medidas que adotamos, que vão muito além da política de preços”.
“Tenho refletido muito sobre tudo o que aconteceu. Está claro, sr. presidente, que novas discussões serão necessárias”, diz Parente na carta. “Diante deste quadro fica claro que a minha permanência na presidência da Petrobras deixou de ser positiva e de contribuir para a construção das alternativas que o governo tem pela frente”, complementa.