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Em nova entrevista, Marco Antônio Lage volta a falar sobre transporte público, Unifei e infraestrutura da cidade

Em nova entrevista, Marco Antônio Lage volta a falar sobre transporte público, Unifei e infraestrutura da cidade

Foto: Reprodução/Instagram/Marco Antônio Lage

Nos últimos dias, o prefeito de Itabira Marco Antônio Lage (PSB) tem conversado com diferentes órgãos de imprensa da cidade — mas, na maioria das vezes, abordando temas recorrentes, como o transporte público municipal, as obras da Unifei e a infraestrutura urbana. Na manhã desta quarta-feira (3), o chefe do Executivo esteve na Rádio Itabira para mais uma rodada de bate-papo. Porém, desta vez, a participação antecedeu uma importante votação na Câmara de Vereadores: a proposta que cria um subsídio de R$ 34,9 milhões para a Transportes Cisne, com a contrapartida de uma redução tarifária, baixando a passagem de R$ 4 para R$ 3.

Devido a isso, o transporte público municipal da cidade foi o tema central da entrevista, ocupando toda a primeira metade da conversa com o jornalista e locutor Euclides Éder. A segunda parte é dedicada a outros dois temas: as obras da Unifei — principalmente para que Marco Antônio Lage tentasse reverter declarações dadas a outra emissora, a Rádio Pontal, na semana passada, quando disse achar um absurdo colocar recursos municipais em uma obra federal — e a infraestrutura da cidade, sobretudo em relação aos buracos que tomam conta das ruas de Itabira.

A seguir, separamos alguns dos principais trechos da entrevista de Marco Antônio Lage para Rádio Itabira. Confira:

Transporte público municipal

Ao defender a sua proposta de subsídio à tarifa de ônibus, Marco Antônio Lage disse que a iniciativa permitirá que o itabirano possa economizar dinheiro — tanto o usuário quanto o empresário. Mesmo sem apresentar dados concretos, o prefeito municipal afirmou que a medida contribuirá para geração de empregos. “O nosso governo é um governo voltado a população, voltado para os mais carentes, voltado à população que mais precisa do serviço público. E o transporte coletivo mais barato, reduzir a tarifa de ônibus pra população que anda de ônibus isso é prioridade na nossa cidade, tem que ser prioridade, primeiro ponto vai ser colocar dinheiro no bolso do usuário de ônibus. A pessoa que pagava R$ 4,40 paga R$ 4, já fez uma redução importante. Eu converso com a população. Eu sou um prefeito que converso com todo mundo, eu ando nos bairros e os R$ 4,40 pra R$ 4 fez uma diferença grande para essas pessoas. Agora de R$ 4 para R$ 3 vai fazer mais ainda. Isso no final do ano dá mais do que um salário mínimo, é um décimo terceiro salário, é um décimo quarto salário”, argumentou.

“Para o empregador é importante porque se ele faz a conta do número de empregados que ele tem e a economia que ele vai fazer, ele vai poder contratar mais um empregado. Vai sobrar dinheiro. Às vezes ele não está contratando por conta do orçamento. Ele vai poder botar mais um vendedor na sua loja, botar mais um trabalhador na sua indústria, mais alguém no seu escritório de serviços, mais um operador. Isso tá gerando mais emprego. Esse dinheiro volta para o comércio, volta para a cidade porque nós estamos proporcionando ao usuário economizar dinheiro. Nós estamos propondo baixar o preço da passagem de ônibus para o usuário. Que confusão tem nisso?”, completou.

Marco Antônio Lage também disse que aprovação do subsídio para a tarifa de ônibus está ligada à melhorias no transporte público. “Eu não vou permitir que a nossa população seja enganada. O nosso projeto de lei que está lá na Câmara 60 dias engavetado, sem votar, ele não só prevê a redução da tarifa pra R$ 3, como ele prevê uma melhoria no serviço público”, afirmou.

Porém, ao contrário do que o prefeito disse, as melhorias no transporte público não estão atreladas ao projeto de lei do subsídio — inclusive, na matéria que está na Câmara, não há cláusulas pedindo essas melhorias. As mudanças no transporte público estão estabelecidas no contrato de renovação da concessão para a Transportes Cisne, contrato esse que está assinado e em vigor desde fevereiro.

Licitação do transporte público

Uma das principais críticas recentes à Prefeitura de Itabira, a renovação por mais dez anos do contrato com a Transportes Cisne também foi abordada pelo prefeito: “Nós renovamos o contrato com a Cisne porque era mais conveniente tecnicamente”. (…) Podia cancelar ou renovar, mas Monlevade fez uma licitação, ganhou a mesma empresa e mais caro porque é uma licitação nova e a base de cálculo muda em uma licitação nova. Nós mantivemos [a mesma empresa], a vantagem foi estudada, muito estudada gente. Vocês tenham tranquilidade, esse prefeito que vos fala, o prefeito de Itabira hoje, o Marco Antônio Lage, ele é um cidadão que entrou pra política pra defender o povo de Itabira e vai defender, não é pra defender rico não”.

Unifei

Devido à repercussão das suas falas sobre as obras da Unifei, Marco Antônio Lage disse, mais uma vez, que as suas declarações são tiradas de contexto e procurou deixar claro que defende o projeto da universidade federal em Itabira — mas seguiu defendendo que é necessário empregar recurso federais e da minerador Vale no processo, e não verbas do município. “Distorce a fala do prefeito pra que o prefeito é contra a obra da Unifei é contrário a isso. Nós somos não somos só a favor a obra da Unifei, mas como nós vamos terminar aquela obra. Só que nós vamos terminar aquela obra de forma mais inteligente”, pontuou.

“Investir na Unifei é importante? É! Nós vamos terminar aquela obra? Vamos! Aquela obra pra diversificação econômica é importante? É! (…) Dada declaração aí de que a o prefeito é contra a Unifei isso é uma mentira! O que nós queremos é buscar recursos federal e da Vale pra gente terminar a obra da Unifei. Eu já sentei com o vice-presidente da Vale pra repactuar o contrato”, destacou.

Infraestrutura

Ao falar sobre infraestrutura, Marco Antônio Lage enumerou algumas das ações do seu governo: reforma de 27 escolas, redução no déficit de vagas em creches, construção de quatro novos postos do Programa de Saúde da Família (PSF) e da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Fênix, e investimentos no esporte da cidade — com reforma de campos e quadras, além da construção de um centro de ginástica olímpica de trampolim no prédio da antiga Malharia Fio de Ouro.

Outro ponto destacado pelo prefeito foi o excesso de buracos nas ruas de Itabira — problema que, segundo ele, será resolvido até o final do ano. “O problema dos vários buracos que a cidade têm [é porque] não se investiu na recuperação asfáltica da cidade. (…) Identificamos mais de quarenta e cinco quilômetros de ruas que precisam de fazer um asfalto novo, recapeamento completo, raspar, tirar tudo, refazer de novo. Nós estamos fazendo porque se não fizer isso, os mesmos buracos eles aparecem de novo. Toda chuva. É isso que a gente tem que entender, gente. A cidade fica toda esburacada. Não é culpa deste prefeito não”, disse.

“É culpa dos prefeitos anteriores que não não recapearam ruas, deixaram vencer [o asfalto] e Itabira virou uma indústria de asfalto que se gastava R$ 15, R$ 20 milhões por ano pra tampar os mesmos buracos. Nós identificamos 45 quilômetros de ruas pra recapear, fora ruas pra asfaltar, que é na terra. (…) Já recapeamos 30 [quilômetros] (…) e nós vamos completar isso até o final do ano pra gente não ter tanto buraco na rua”, afirmou.

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