Em uma reunião com pauta vazia, na última terça-feira (8), vereadores de Itabira aproveitaram o tempo para fazer denúncias e reclamações quanto a serviços da Prefeitura Municipal de Itabira e autarquias. Destaque para a fala de Heraldo Noronha Rodrigues (PTB), que acusou a Superintendência de Transporte e Trânsito de Itabira (Transita) de ser uma “fábrica de multas”.
Em entrevista a DeFato, Heraldo confirmou suas palavras em plenário e lamentou que o órgão não tenha um caráter educativo, primando por multar antes de orientar. “A Transita, na verdade, não virou um órgão educativo, mas sim uma fábrica de multas. A gente vê que a situação é cada dia pior. Ao invés de melhorar as vias, você só vê buraco por todo canto, inclusive em curvas. Se eles se preocupassem realmente com o trânsito, eles em primeiro lugar orientariam as pessoas, solicitando que retirassem os veículos da irregularidade, mas não; eles chegam correndo e multando para a pessoa não tirar o carro”, disse.
“Além de levar a multa, o infrator ainda tem que ir até a instituição para provar que efetuou o pagamento dela e baixar a infração. Uma pessoa me procurou relatando que vendeu o carro, pagou a multa, o recibo venceu e a multa não havia sido baixada ainda. As passagens elevatórias (quebra-molas), por exemplo, que são necessárias nas vias onde tem alunos de escola, não são colocadas. Ao lado do Varejão da Praia é preciso colocar um redutor de velocidade, mas eles alegam que não pode. Lá no Hospital Nossa Senhora das Dores precisa de redutor, mas sempre alegam que não há necessidade. Eles estão mais preocupados em multar do que orientar. No bairro Gabiroba tem uma via em que o barranco cedeu e eles não acionam a Secretaria de Obras para desobstruir a pista. No bairro Praia e no Pedreira tem vias parcialmente ocupadas e eles não se preocupam com a segurança nas vias”, completou Heraldo Noronha.
Líder do governo no Legislativo, o vereador Júber Madeira (PSDB) se manifestou à reportagem em relação às denúncias do seu colega. “Para se fazer denúncias é preciso ter provas. É preciso saber se a secretaria envolvida foi notificada sobre possíveis irregularidades ou atitudes indevidas, se houve encaminhamento de ofício solicitando que determinada obra seja feita. Não tenho conhecimento para dizer se há erros de conduta ou de alguma obra que não tenha sido executada, mas a Transita é um órgão técnico, com competência para julgar sobre”. afirmou.
O portal DeFato entrou em contato com a assessoria de comunicação da Secretaria Municipal de Obras, Transporte e Trânsito (Transita) para se manifestar a respeito, mas até o fechamento dessa reportagem não obtivemos respostas.